A colheita de soja da safra 2017/18 no Brasil avançou 0,7% em uma semana e alcançou 0,8% da área total, atraso significativo nos trabalhos de campo na comparação com temporadas anteriores. Há um ano, a colheita do ciclo 2016/17 atingia 2,25 do total, enquanto na média das últimas cinco safras, 1,2%. Os trabalhos começaram apenas em Rondônia e Mato Grosso, principal produtor nacional e onde a colheita atinge 2,8% da área, também abaixo tanto do observado há um ano (7,5%) quanto na média recente (3,9%).
O atraso na colheita reflete tanto o atraso no plantio, em razão da estiagem entre setembro e outubro, quanto chuvas em excesso recentemente. Mas produtores ainda apontam boas produtividades apesar dessas condições climáticas. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, onde já havia colheita nesse mesmo período do ano passado, os trabalhos devem engrenar somente em fevereiro, devido ao plantio mais tardio. O mesmo vale para o Paraná, que ainda teve alongamento do ciclo de parte das lavouras devido à falta de luminosidade e às temperaturas mais baixas que marcaram boa parte desta safra. Mas, apesar da colheita mais tardia, a expectativa é de altas produtividades no Paraná e nos Estados do Centro-Oeste.
MILHO
Em relação ao milho verão, a colheita no Centro-Sul chega a 1% da área, atrasada em relação aos 2% da média de cinco anos, mas à frente do 0,5% do ano passado. As chuvas previstas para o Rio Grande do Sul devem dificultar a colheita nos próximos dias, mas são bem-vindas para a produtividade de áreas mais tardias.
Em relação ao milho safrinha, colhido no inverno, o plantio no Centro-Sul do país totalizava 0,8% da área prevista, ante 2,8% há um ano e 1,1% na média de cinco anos.
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Fonte: Sistema FAEP
