A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em conjunto com outras cinco entidades representativas do setor pecuário nacional, divulgou no dia 10 de julho uma nota técnica sobre as possíveis reações adversas da vacina contra a febre aftosa. A Nota Técnica nº 3/2017 pede uma mudança imediata na composição da vacina que é aplicada atualmente em todo rebanho brasileiro (com exceção de Santa Catarina, que é considerado território livre de febre aftosa sem vacinação). Segundo o documento, a substância saponina, que atualmente compõe a vacina oleosa, está relacionada a reações adversas, como irritação exacerbada no local da aplicação, que pode se agravar até casos de edema e reações inflamatórias, com a consequente ocorrência de abcessos.
Além disso, a saponina não está prevista na composição da vacina desenvolvida pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), entidade científica vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), que desde 1951 desenvolve trabalhos para controle e erradicação da febre aftosa. De acordo com a CNA, a ocorrência de abcessos em bovinos pode levar a um prejuízo de dois quilos de carne por carcaça. “Isto nos permite calcular que, em alguns milhões de animais, poderemos ter perdas totais de milhares de toneladas de carne”, diz a nota.
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Fonte: Sistema FAEP