Brasília (18/12/15) – A Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) comemorou a vitória de um antigo pleito do setor agropecuário: o desconto na cobrança da bandeira vermelha das contas de energia elétrica da aquicultura e irrigantes em todo o país. A lei 13.203/2015 foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff na última terça-feira, dia 8 de dezembro. A bandeira vermelha é aplicada a todos os usuários de energia elétrica desde janeiro de 2015. A medida aumenta em R$ 4,50 o custo da energia por cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
De acordo com a assessora técnica da CNA, Lilian Figueiredo, a retirada dessa tarifa é uma reivindicação do setor, pela qual a Confederação se dedicou muito para conseguir. No entanto, observou Lillian, é preciso ainda avaliar quando a retirada da bandeira vermelha terá efetivamente reflexo nas contas de energia, considerando que sua cobrança, sem o desconto, está pesando nos custos dos produtores. “Somente após esta avaliação é que poderá ser feita uma reflexão mais embasada nos efeitos da medida”, frisou.
Para o coordenador da Comissão Nacional de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, a intensificação do uso de insumos agropecuários e irrigação influenciam em 59% na produção de alimentos. “Hoje o Brasil tem uma área irrigada de seis milhões de hectares. No entanto, tem áreas potencialmente irrigáveis de 47 milhões de hectares”, observou. Ele acrescenta que a agricultura irrigada é de extrema importância para o Brasil e para mundo, principalmente levando-se em conta que o nosso país deve ocupar, em futuro breve, posição de destaque entre os principais países produtores de alimentos, na expectativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
De acordo com a entidade, será necessário aumentar a produção de alimentos em 70% até 2050, período em que a população mundial ganhará mais 2,3 bilhões de habitantes. “Temos área, insolação e água. Só precisamos coordenar o uso eficiente destes fatores, possibilitando a duplicação da área irrigada nos próximos 10 anos, fazendo frente ao desafio de se produzir mais no mesmo espaço e possibilitando um crescimento estimado de R$ 17,5 bilhões no valor bruto da produção (VBP) do setor”, finalizou.
O sistema irrigado, (técnica utilizada na agricultura que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação), tem apenas 5,6 milhões de hectares de área colhida, com R$ 19,59 bilhões no VBP e R$ 4.278,86 o valor do hectare. “Apesar da área de sequeiro ser maior, o sistema irrigado tem potencial para crescer em 47 milhões de hectares, gerando um VBP de R$ 152 bilhões. A área irrigada gera 110% mais valor bruto da produção que a de sequeiro”, comentou Nelson Ananias.
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- Recursos Hídricos – Edição 01
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Fonte: Canal do Produtor