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CLIMA IRREGULAR E ATAQUE DE PRAGAS OCASIONA PERDAS DE 20% NA PRODUTIVIDADE DO MILHO EM TAPURAH (MT)

Em algumas propriedades não chove há mais de 40 dias. Lavouras tardias ainda podem recuperar parte do potencial produtivo caso as precipitações retornem. Rendimento médio deve ficar abaixo de 80 scs/ha, contra a média de 100 scs/ha registrada nos anos anteriores. Produtores estão preocupados com a entrega dos contratos feitos anteriormente.
O clima irregular neste ciclo e o ataque de pragas devem reduzir a produtividade do milho safrinha na região de Tapurah (MT). Com o atraso na soja, muitas áreas da segunda safra foram cultivadas fora da janela ideal, reduzindo o potencial produtivo.
Como ocorreu em outros anos, a esperança do produtor era de que as chuvas se estendessem nos meses de abril e maio, fator que não vem ocorrendo. No Mato Grosso, a estiagem que começou no final de março durou mais de 40 dias, prejudicando o desenvolvimento das plantas.
O presidente do sindicato rural, Silvésio de Oliveira, conta que nessas áreas as perdas já são consolidadas mesmo que a chuvas retornem nos próximos dias. "Ainda precisamos considerar outro fator, que foi a redução no investimento com tecnologias por conta do atraso no plantio", complementa.
Nos últimos dois anos a produtividade média do município atingiu 100 sacas por hectare, mas o pré-levantamento já aponta uma redução de pelo menos 20 sacas por hectare, totalizando um rendimento de 80 sc/ha.
Além dos problemas climáticos, o ataque de pragas também trará consequências na produtividade. Segundo Oliveira na fase inicial do cereal a incidência maior foi de percevejos. "Foi um ano mais severo para a soja e os percevejos acabaram sendo transferidos para o milho. Houve lavouras que precisaram ser dissecar e feito o replantio", explica.
Posteriormente, mesmo com o emprego de tecnologias Bt, as lavouras apresentaram alto índice de lagarta do cartucho e helicoverpa, que além de reduzir a produtividade também traz conseqüências diretas nos custos de produção com as aplicações adicionais para o controle das pragas.
Com esse cenário, os produtores estão apreensivos com o cumprimento dos contratos antecipados. Os preços elevados do cereal neste ano estimularam a trava de negócios, que ocorreram na média de R$ 16,00 a R$ 17,00 a saca.
"Essas vendas aconteceram ainda no ano passado, quando não havíamos plantado. Hoje os produtores estão bastante vendidos e preocupados se vão conseguir quitar os contratos, como aconteceu com a soja", alerta Oliveira.
O sucessivo prejuízo para muitos produtores poderá refletir no planejamento da safra 2016/17, com redução nos investimentos, pela falta do fluxo de caixa.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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