Os gaúchos das áreas rurais do estado nitidamente divergem na preferência do time de futebol e nas posições políticas das discussões nas pracinhas das cidades pequenas, mas são unânimes em uma coisa: todo mundo que planta soja ou milho foi pego de surpresa neste ciclo. Os produtores que já se preparavam para um ano de perdas com a possível seca prevista por meteorologistas do mundo todo, viram até o momento um clima ideal para o desenvolvimento dos grãos. Chuvas espaçadas, com dias de sol em seguida, deixam o tom das lavouras em um verde escuro que enche de entusiasmo os agricultores.
Em Palmeira das Missões (a 130 km de Passo Fundo), no Noroeste gaúcho, Célio José Gabriel, gerente da unidade da cooperativa Cotrisal, contou que a expectativa é de um aumento de 20% a 25% na produtividade média nos 100 mil hectares nos quais a organização atua.
- No início, ninguém pensava nisso. Todo mundo estava correndo atrás de seguro para garantir ao menos que não houvesse prejuízo nesse ciclo – revelou.
Ele estima que a produtividade média de soja deva fechar em torno de 65 sacas (sc) por hectare (ha) e a de milho sem irrigação 170 sc/ha (com irrigação, o milho deve render em média 250 sc/ha).
Fonte: Gazeta do Povo