Clima desfavorável gera atrasos no plantio de arroz no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul o plantio de arroz teve início na segunda semana de setembro. No entanto, o avanço dos trabalhos segue de forma comedida em função das chuvas.
Para a próxima semana, são esperados volumes entre 70 e 175 milímetros para o estado. O Extremo Sul deverá ser a região menos afetada.
Até o dia 2 de outubro, o plantio 2015/2016 atingiu 13,2%, o equivalente a 143,17 mil hectares, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). Na comparação com a semana anterior houve avanço de 3,9 pontos percentuais.
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RS), pela média dos últimos cinco anos o atraso da semeadura é de 6,8 pontos percentuais.
A área para a safra 2015/2016 está estimada em 1,08 milhões de hectares, recuo de 4,4% na comparação com a safra 2014/2015, quando o estado semeou 1,13 milhões de hectares.
Esse cenário reflete, em maior parte, a forte alta dos custos de produção para a temporada atual e a baixa rentabilidade da atividade.
As maiores altas vieram da energia elétrica, combustíveis e de insumos, como fertilizantes e defensivos, que seguem a flutuação do dólar.
Vale lembrar que, somado a isso, está o momento de instabilidade econômica do país, que culminou com o aumento das taxas de juros e a dificuldade de acesso ao crédito.
Com relação aos preços, o mercado segue altista. No acumulado de outubro, até o dia 7, a saca de 50 quilos ficou negociada, em média, por R$40,10, posto indústria no Rio Grande do Sul.
O incremento em relação ao mês anterior e frente ao mesmo mês de 2014 foi de 6,4% e 9,2%, nessa ordem. Entre janeiro e outubro de 2015 os preços estão 5,1% maiores.
A maior demanda pelas indústrias para cumprir os contratos internos e de exportação e a retração de oferta por parte dos rizicultores, que focam no avanço do plantio, deverá manter a pressão de alta em curto e médio prazos.
Fonte: SCOT Consultoria