Após anos abaixo dos custos de produção, os valores pagos pela laranja voltaram a compensar os investimentos dos produtores que podem retomar o interesse pela citricultura. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (28/12) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo dados da instituição, na parcial da safra 2015/2016 (julho até 23 de dezembro), o preço médio pago pelas processadoras no mercado disponível foi de R$ 12,39 a caixa de 40,8 kg, colhida e posta na fábrica. O valor representa um aumento de 23,03% em relação à média do segundo semestre de 2014.
Os preços superiores nas indústrias também valorizaram a fruta destinada ao mercado de mesa. No caso da laranja pera, a média neste segundo semestre de 2015 (até o dia 23 de dezembro) foi de R$ 10,15 a caixa de 40,8 kg, na árvore, aumento de 22,08% em relação ao segundo semestre de 2014.
- É consenso que a safra brasileira de laranjas de 2015/2016 é uma das menores dos últimos anos. Não bastassem as sucessivas diminuições da área com citros, a atual produção foi impactada também pela falta de chuva no segundo semestre de 2014. A menor oferta elevou os preços da laranja – dizem os pesquisadores em nota, ressaltando que “faltam informações precisas” sobre a produção.
Com o volume reduzido, avalia o Cepea, indústrias paulistas devem moer, até o início de 2016, cerca de 90% da produção paulista e do Triângulo Mineiro.
- Atentas à menor oferta, as processadoras adiantaram o fechamento de contratos para o mês de abril – nas safras anteriores, a maioria das aquisições começava no final de maio ou em junho –, mesmo com os estoques de passagem superiores ao esperado inicialmente – avalia.
Fonte: Globo Rural