Depois de enfrentarem geada no final de abril, os produtores de feijão do Paraná começam a contabilizar os prejuízos causados pelas chuvas que impediam a colheita da segunda safra do grão em algumas regiões. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), ainda falta colher 39% da segunda safra paranaense de feijão, a mais expressiva do ano agrícola.
Este ano, a área ocupada pelo feijão no Paraná foi de 237 mil hectares, 16% maior do que a área destinada à segunda safra da leguminosa em 2016. A expectativa era colher 412 mil toneladas este ano, porém, com as adversidades climáticas esse volume deve cair. As perdas ainda não foram calculadas pelo Deral.
No ranking paranaense do feijão, a região Sudoeste responde pelo maior porcentual da produção estadual, com 21%. Foi justamente nesta região que as chuvas causaram mais estragos. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Pato Branco, Oradi Caldato, as lavouras da região já haviam contabilizado perdas da ordem de 30% por conta da geada. “Depois colhemos mais uns 40% antes da chuva e agora ainda tinha pelo menos uns 30% para colher”, afirma. De acordo com ele, além da impossibilidade de colher por conta da chuva, boa parte da produção já estava em fase de maturação e com a grande umidade começou a brotar na própria vagem. “Esse que restou aí, não sei se aproveitamos nem 10%”, avalia.
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Fonte: Sistema FAEP