Chuvas no Brasil

CHUVAS RETORNAM PARA ÁREAS DE ESTIAGEM

Depois de pelo menos dez dias de tempo seco, a chuva forte e abrangente retorna ao centro e Sul do Brasil. Pela simulação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado varia entre 50 e 100 milímetros no oeste e norte do Rio Grande do Sul, no sul e oeste do Paraná e de Minas Gerais, em boa parte de São Paulo, de Minas Gerais, de Mato Grosso e de Rondônia, além das regiões centro e sul de Tocantins.

No Matopiba, região que engloba partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a chuva também acontece, mas com menor acumulado, variando entre 20 e 40 milímetros. Até mesmo nas áreas que compõem o Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia) vamos ter chuva nesta semana para as lavouras de subsistência e também áreas de milho, mandioca e pastagens.

Na região do Espírito Santo, por outro lado, a chuva enfraquece nesta semana. Somente na região de Alegre, no sul do estado, a precipitação será mais intensa e chega a pelo menos a 50 milímetros.

A umidade do solo promete aumentar pelo menos 20 pontos percentuais no centro e norte de Mato Grosso do Sul e pelo menos 10 pontos percentuais no interior da região Sul e de São Paulo, sul de Mato Grosso do Sul, oeste e norte de Minas Gerais, Goiás, Bahia, norte de Tocantins, Sergipe, oeste de Pernambuco e sul dos estados do Piauí e Maranhão.

De uma forma geral, a chuva forte acontecerá em curtos períodos de tempo e não deverá atrapalhar a maior parte das atividades de campo. Somente no centro e na Zona da Mata de Minas Gerais, esperam-se pelo menos três dias de tempo mais fechado e chuva frequente.

Acumulados da última semana

Nos últimos sete dias a chuva mais intensa alcançou as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, além do Maranhão. No Espírito Santo, Vitória registra seu segundo novembro mais chuvoso da história, com quase 500 milímetros. Pode ter sido ruim para a Defesa Civil, mas para alguns produtores que enfrentaram anos mais secos, esta chuva veio a calhar.

Áreas produtoras como Alfredo Chaves registraram 340 milímetros ou 90% acima da média de novembro, Santa Teresa 325 milímetros ou 45% acima da média de novembro. Linhares registrou 350 milímetros ou 60% acima da média. Se por um lado a precipitação aumenta o nível de reservatórios para irrigação complementar, por outro lado, causa perdas sobretudo de hortaliças.

Outro local que recebeu intensa chuva foi Rondônia. Em Cacoal, o acumulado do mês chegou aos 410 milímetros, valor 80% acima da média de novembro. Em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Maranhão e Região Norte com exceção de Rondônia, a chuva não foi tão intensa e variou entre 50 e 100 milímetros na maior parte das áreas produtoras.

Por outro lado, nos últimos sete dias, choveu menos que o normal no Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Piauí. Aliás, algumas áreas do Paraná, Santa Catarina, norte do Rio Grande do Sul e sul de Mato Grosso do Sul não recebem chuva forte há aproximadamente 20 dias.

Mesmo assim, a umidade do solo está elevada nos primeiros 20 centímetros de profundidade na maior parte do Brasil. Somente no Matopiba, a água disponível no solo está mais baixa.

Na última semana, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) atualizou as áreas instaladas de milho e soja no Rio Grande do Sul. De acordo com a empresa, 84% da área foi semeada, 20% estão em floração e 18% estão em enchimento de grãos, fases mais vulneráveis à falta de chuva. Com relação à soja, embora os números ainda indiquem atraso, os últimos dez dias foram muito favoráveis à instalação no Rio Grande do Sul. A próxima atualização deverá vir com números mais animadores.

No arroz, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) indicou semeadura de 76% da área prevista. No ano passado, quando a primavera foi mais seca, mais de 90% da área já estava semeada. O período ideal para instalação terminou no último dia 15 de novembro.

Fonte: Canal Rural



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