Não é somente a região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que está recebendo chuva. Nas últimas 24 horas, parte do sertão nordestino recebeu quase 160 milímetros acumulados, um volume representa cinco vezes a média para o mês, que é de aproximadamente 30 milímetros.
Foi assim em Floresta, no interior de Pernambuco. A chuva será nitidamente maior neste verão do Nordeste do Brasil do que foi no ano passado e os produtores rurais já estão percebendo isso. A razão de tanta chuva foi uma frente fria estacionária, a mesma que trouxe altos volumes para o Espírito Santo. A chuva ainda vai continuar no Nordeste do país nos próximos dias, mas com volumes menores.
Nesta quarta-feira, dia 27, pode chover a qualquer hora do dia no Recôncavo Baiano e o litoral de Alagoas. No sul do Maranhão, do Piauí e do Ceará, oeste de Pernambuco, interior de Alagoas e Sergipe e em grande parte da Bahia, as pancada de chuva são rápidas. A chuva volta a aumentar na Bahia a partir de sexta-feira, dia 29, devido à chegada de uma nova frente fria ao estado. Além disso, a temperatura cai. Entre Maranhão e Piauí, pancadas de chuvas. Já, do Ceará a Pernambuco, o tempo firme predomina nos últimos dias de novembro.
Apesar dos episódios de chuva muito intensa em parte do leste da Bahia e interior de Pernambuco, novembro foi mais seco que o normal na maior parte do Nordeste. Dezembro não será muito diferente. Embora não exista previsão de El Niño neste ano, o oceano Pacífico Leste está mais aquecido que o normal e isto fará com que os sistemas meteorológicos chuvosos ocorram sobre o centro e sul do Brasil. Por consequência, a precipitação ficará abaixo da média com maiores desvios negativos no leste do Nordeste, na Bahia, no Maranhão e sudoeste do Piauí em dezembro. A tendência é de que as precipitações sejam mais intensas e frequentes em fevereiro, março e abril e o calor não seja tão intenso neste trimestre.
Fonte: Canal Rural