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CHUVAS NO CORN BELT

As cotações internacionais do milho atingiram o maior nível em dois meses na Bolsa de Chicago e os preços da soja superaram os US$ 10 por bushel pela primeira vez desde março em meio a preocupações com o excesso de chuvas com Meio-Oeste dos Estados Unidos. Regiões críticas como Kansas e Missouri, onde várias lavouras estão debaixo d´água há semanas, voltaram a receber precipitações ontem, deflagrando um movimento de cobertura de posições na bolsa norte-americana.

No início da semana, as previsões indicavam uma trégua nas precipitações no Corn Belt, mas a atualização dos mapas meteorológicos na quinta trouxe uma reviravolta no cenário climático do país. Após a nova rodada de chuvas, o clima excessivamente úmido agora ameaça também estados chave como Iowa. Na madrugada de quinta para sexta, o principal produtor de grãos do país chegou a receber mais de 150 mm de água e já registra pontos alagamentos. Na porção sul de Illinois e Indiana, os acumulados nos últimos sete dias equivalem a seis vezes o volume normal para o período.

A umidade excessiva vem comprometendo a evolução dos trabalhos de campo e o desenvolvimento das lavouras, podendo gerar até mesmo a necessidade do replantio de algumas áreas, apesar da janela estreita. Em boletim divulgado no início da semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que cerca de 10% da área planejada para a soja ainda estava por semear.

O índice será atualizado na segunda, quando órgão solta um novo relatório de acompanhamento de safra. Mas o documento mais aguardado pelo mercado será divulgado no dia seguinte. Na terça (30), o USDA revisa sua projeção de intenção de plantio, calculada três meses atrás. Mas, como os dados foram colhidos pelo órgão nas duas primeiras semanas de junho, o relatório não deve mostrar o impacto das inundações na área de cultivo.

Traders esperam, inclusive, uma elevação na estimativa de plantio de soja, de 34,32 milhões de hectares para 34,5 milhões (ha). Desde a divulgação das projeções iniciais, durante o Agricultural Outlook Forum, em fevereiro, consultorias privadas sustentam o governo norte-americano estaria subestimando os números.

Para o milho, o mercado espera uma ligeira redução de 40 mil hectares na estimativa, para 36,098 milhões (ha). Segundo o USDA, nos dois casos, revisões mais consistentes nas estimativas de plantio devem ser promovidas apenas em agosto.

Fonte: Gazeta do Povo



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