Em janeiro de 2016 as chuvas constantes destruíram estradas vicinais e derrubaram pontes, atrapalhando no escoamento da produção de soja. Em 2017, o cenário não é muito diferente. O problema de logística continua e as chuvas também, apesar de ser em menor volume, mas o suficiente para preocupar produtores rurais.
Em Chapadão do Sul, distante 321 km de Campo Grande, a produção de soja nos 95 mil hectares se desenvolve bem e as chuvas que atingem o município estão ajudando na formação de grão, dias antes do início da colheita.
Para o presidente do Sindicato Rural, Lauri Dalbosco, em comparação com o ano passado que teve muita lavoura encharcada, em 2017 as chuvas têm ajudado na produção.
- Em relação a outros municípios como Sidrolândia e Maracaju, nossa soja foi plantada depois, então as chuvas de agora, estão ajudando a formar o grão e a produção corre bem – explica.
Logística
Segundo Dalbosco, o que preocupa são as estradas que desde o ano passado, não estão em boas condições.
- As estradas estão esburacadas, o acesso é difícil mas mesmo assim, dá para trafegar, porém, se continuar chovendo muito, o problema pode crescer – reforça.
O presidente comenta que mandou um ofício para a prefeitura e para o governo estadual, pedindo para que alguma ação seja tomada em relação as estradas.
- A gente precisa de uma ajuda para arrumar essas estradas que com as chuvas dessa semana, estão se deteriorando rapidamente, pelo menos dando condições de escoar nossa safra – ressalta.
Este ano, a previsão é colher 5% a mais de sacas por hectare em comparação com a safra passada.
- Em 2016, colhemos 55 sacas por hectare e este ano, como as coisas vão bem, pretendemos colher 5% a mais por hectare – prevê.
A colheita está prevista para começar na próxima semana, quando parar de chover.
- Ano passado tivemos alguns veranicos, quebrou um pouco a safra mas a nossa expectativa é que este ano nada atrapalhe nossa produção. Em Chapadão, temos dois focos de ferrugem asiática, mas são pontuais e deve-se a questão de manejo do produtor, no mais, está correndo tudo bem – analisa.
Em Laguna Carapã, a 287 km da Capital, as chuvas em excesso que atingiram as lavouras no ano passado, este ano deram trégua. Segundo o presidente do Sindicato Rural, João Firmino Neto, a estrada que passa por Laguna Carapã que vai de Caarapó a Amambai, está bastante esburacada.
- Nosso maior problema é esse trecho na região Campanário, o asfalto está bem ruim e prejudicado, mas está dando para trafegar. O trecho não ficou mais comprometido, porque as chuvas na região estão em um volume pequeno – relata Neto.
No município, são 108 mil hectares de soja plantada e até então, não houve nenhum foco de ferrugem asiática nas lavouras.
- Vamos começar a colheita a partir da semana que vem e como as chuvas estão bem distribuídas, esta safra tem tudo para dar certo – avalia.
Fonte: Campo Grande News