<P>A cada novo dia de chuva, produtores gaúchos recalculam as perdas nas lavouras de trigo — atingidas em cheio pelo excesso de umidade. A situação que já preocupava devido a uma forte geada em setembro é agravada agora com precipitações às vésperas da colheita.</P> <P>— A combinação de umidade e temperaturas altas facilita o surgimento de doenças, que nessas alturas o produtor não consegue mais atacar — lamenta Claudio Dóro, gerente regional adjunto da Emater de Passo Fundo.</P> <P>E não é somente o volume a ser colhido que deverá ser reduzido, mas a qualidade do grão. Se não tiver qualidade mínima, o trigo não é aproveitado para moagem, podendo ser destinado apenas para ração animal. Dessa forma, o preço cai quase pela metade.</P> <P>— As perdas são irreversíveis. Há produtores que não irão nem colher, irão apenas limpar a área para plantar a soja — completa Dóro.</P> <P><STRONG> <STRONG>Mais de 15 mil pessoas são afetadas pela chuva no Estado</STRONG> </STRONG></P> <P><STRONG> <STRONG>Quase 500 mil raios atingiram o RS em 36 horas</STRONG> </STRONG></P><STRONG> <P><STRONG>Vai viajar? Saiba quais rodovias têm bloqueios no Estado</STRONG></P> <P> </STRONG>O excesso de chuva preocupa também os arrozeiros, que já semearam 20% da área prevista para a próxima safra e aguardam as águas baixarem para continuar o plantio. Nas áreas de várzea, as lavouras estão debaixo d’água.</P> <P>— É preciso uns 10 dias de tempo seco para conseguir entrar na lavoura novamente. Provavelmente a safra será prejudicada, embora ainda seja cedo para quantificar — indica Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS).</P> <P><STRONG>Trigo<BR></STRONG>Com 5% da área colhida no Estado, a safra de trigo foi prejudicada pela geada em setembro e excesso de chuva em outubro. Entidades estimam que as perdas fiquem ao redor de 30%, podendo ainda aumentar ao longo do mês. Os prejuízos englobam a queda na qualidade do grão, o que reduzirá o preço de venda.</P> <P><STRONG>Arroz<BR></STRONG>As lavouras que já foram plantadas, cerca de 20% da área total, estão debaixo d’água, especialmente nas áreas de várzea. Embora sejam cultivadas em terrenos inundados, as plantas precisam de luminosidade para se desenvolver. A necessidade de 10 dias de tempo seco para continuar preparando a safra preocupa os arrozeiros, que poderão perder a janela de plantio.</P> <P><STRONG>Fruticultura<BR></STRONG>O excesso de chuva prejudica também a fruticultura, especialmente a produção de uva, morango, pêssego e amora. O aparecimento de doenças e a baixa floração comprometem as culturas. Produtores da Serra calculam perdas nas videiras, danificadas pela geada e chuvarada.</P>
Fonte: Campo e Lavoura
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Redação
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