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CHUVA ALTERA PREÇOS NO RS

O período de chuvas no Rio Grande do Sul já afetou o mercado de hortifrutigranjeiros. As hortaliças, por exemplo, tiveram alta nos últimos dias. O pé de alface custava R$ 2 em uma das bancas do Mercado Público de Porto Alegre e agora está R$ 3. A couve manteiga passou de R$ 2,50 para R$ 3. Já a couve verde manteve o valor, mas a qualidade baixou.

- Ninguém quer pagar e não estou vendendo quase nada. Vai tudo fora – disse o vendedor Vagner Alves Pereira, 23 anos. A cebola que já era cara, está sendo comercializada a R$ 6 o quilo.

O presidente das Centrais de Abastecimento do RS (Ceasa), Ernesto Teixeira, disse que todas as folhosas sofreram grande perda na produção nos dias de chuva:

- É a lei da oferta e da procura. O preço aumentou porque cidades produtoras, como Viamão, foram afetadas – falou.

O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Cesa Longo, afirmou que não houve problemas de desabastecimento de produtos ou aumento de preços em decorrência das chuvas. Alguns itens como batata e cebola tinham aumentado, mas por causa da entressafra.

O abastecimento de gasolina, por sua vez, está normalizado nos postos de combustíveis da Região Metropolitana de Porto Alegre e do Interior, segundo levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro/RS).

Em função da queda no volume de comercialização, as lojas de Porto Alegre estão fazendo promoções e os preços podem cair ainda mais. Os empresários tentam atrair os consumidores para recuperar parte dos prejuízos causados pelos dias de chuva, que resultaram em redução de 30% nas vendas nas últimas semanas. Um levantamento do Sindilojas Porto Alegre indicou que 83% dos lojistas tiveram impacto negativo em julho devido ao clima.

- Por causa da chuva, muita gente não pôde trabalhar e nem circular no Centro. Isso diminui o fluxo de pessoas e impacta muito no resultado do mês – disse o presidente da entidade Paulo Kruse.

Dentre os que tiveram queda nas vendas, 21% deles têm lojas no Centro, 14% no bairro Tristeza e 14% no Passo D’Areia. Do total, 61% afirmam que o movimento no mês diminuiu ante o mesmo mês de 2014.

Fonte: Correio do Povo



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