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Chineses chegam a MT para aprender sobre suinocultura e estreitar parcerias

O governador Pedro Taques recebeu uma comitiva de 30 chineses, nesta terça-feira, que vieram a Mato Grosso para aprender mais sobre a produção da cadeia de suínos no estado, que é referência internacional. A visita dos empresários chineses é consequência da visita de uma comitiva do Executivo Estadual à China, ocorrida este mês.

Segundo o governador Pedro Taques, toda essa aproximação serve para melhorar e aumentar a parceria comercial entre Mato Grosso e China, que já é o maior importador do agronegócio mato-grossense. “A China é nosso maior parceiro no cenário internacional. Para suprirmos as necessidades deles estamos preparados, melhorando nossa infraestrutura, melhorando o Instituto de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, melhorando a ambiência negocial para gerarmos mais empregos, mais renda e produzirmos cada vez mais”, afirmou Taques.

Fazhan Liu, chefe da delegação chinesa em Cuiabá e diretor comercial da empresa Muyuan Foods Co, terceira maior produtora de suínos da China, destaca a importância do desenvolvimento sustentável, de modo a reduzir custos da produção da principal proteína consumida naquele país.

“A produção de suínos na China está passando por uma mudança muito grande. Os pequenos produtores estão diminuindo e sendo substituídos pela industrialização, e isso aumentou a nossa importação. Estamos em busca de aprendizado, tecnologia e sustentabilidade para nos enquadrar nesse novo modelo: produzir com qualidade e reduzir nossos custos”, explicou.

Para Pedro Taques, Mato Grosso está pronto para atender, também, a esta exigência. “Temos que produzir mais, não apenas em quantidade, mas principalmente em qualidade. Precisamos destacar o desenvolvimento ambiental e social. Para isso, criamos a estratégia PCI e temos tido reconhecimento internacional em razão dela. Recebemos quase R$ 170 milhões da Alemanha e do Reino Unido durante nossa viagem este mês, após passarmos pela China. Essa delegação veio ao lugar certo.”

A soja e o milho também são produtos de interesse dos empresários chineses. “A produção própria da China não é o suficiente para atender a todos. Hoje, anualmente, importamos cerca de 9 milhões de toneladas de soja. Estamos aqui para melhorar essa parceria, também aprender mais sobre preservação ambiental, segurança alimentar, controle de custos e de doenças das lavouras. Para isso, Mato Grosso é nossa referência”, afirma Xinai Chang, vice-presidente da empresa Pequim Harmony Sunshine Agricultura e Pecuária Technology Service Co.

A China é líder mundial na produção, no consumo e na importação de carne suína e a demanda por carne e por sua qualidade vem aumentando. Além disso, há uma crescente pressão dos desafios ambientais e o governo vem colocando regulamentos mais rígidos para se adequar às mudanças climáticas de forma a garantir a segurança alimentar e o abastecimento seguro e equilibrado de alimentos.

Conforme dados apresentados pela equipe chinesa, nos últimos 30 anos o consumo de carne da China quadruplicou. Mesmo com a produção própria, o país segue dependendo da importação de outras matérias-primas para alimentação. Mato Grosso tem grande potencial para atender a esta demanda. Ainda conforme informações fornecidas pelo grupo, as importações da China equivalem a aproximadamente 50% do volume anual total de importação de soja do Brasil, e, cerca de 80% desse montante é todo direcionado para a indústria de alimentos para animais.

Em Paris (França), durante a COP 21 em dezembro de 2015, mais uma ação em busca do desenvolvimento sustentável tornou o estado de Mato Grosso mais atrativo para investimentos. Taques falou sobre a estratégia de Mato Grosso para contribuir com a redução do aquecimento global. Com uma área de 900 mil km², o Estado mantém 60% do seu território preservado.

A estratégia PCI – Produzir, Conservar e Incluir, já atrai investidores de todo o mundo, que intentam investir em sua aplicação para investimento e custeio agrícola, pecuário e florestal.

A PCI possui metas ambiciosas nos três eixos propostos: expansão e aumento da eficiência da produção agropecuária e florestal; conservação da vegetação nativa e recomposição dos passivos; e inclusão socioeconômica da agricultura familiar e populações tradicionais.

Durante a COP 23, que ocorreu na Alemanha na semana passada, o estado de Mato Grosso recebeu R$ 170 milhões para investimentos no combate ao desmatamento, reflorestamento e ações de apoio à agricultura familiar e comunidades tradicionais. O recurso vem do banco estatal alemão KFW.

Fonte: Canal do Produtor



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