O mês de março começa no CBOT com foco quase completo no Brasil e China. Participantes da bolsa de Chicago tentam compreender qual efeito, se algum, das paralisações dos caminhoneiros no Brasil perante o destino da demanda chinesa de soja. Uma comparação entre filas de navios nos EUA e no Brasil indica que o Brasil está postos à assumir a liderança global na exportação de soja até pelo menos Setembro deste ano. Mas, as paralisações no Brasil afetam o fluxo de soja chegando aos portos do Brasil e preocupa os Chineses, que estudam com cuidado a possibilidade de transferir algumas de suas compras de soja do Brasil para os EUA.
É esta ‘preocupação’ que gerou os recentes ganhos nos contratos de soja na bolsa de Chicago. Vários concordam que dificilmente preços de soja são justificados acima de $10 por bushel no momento, o que deixa o mercado bastante suscetível à baixas bruscas nas próximas semanas.
Por outro lado, a incerteza sobre uma resolução no curto prazo das paralisações no Brasil deixam o mercado um tanto ansioso. Ou seja, não se surpreendam se a volatilidade nos preços em Chicago continuar durante o mês de Março.
Lembrando que no dia 31 de Março o Departamento de Agricultura Norte Americano anunciará resultado de pesquisas diretas com produtores sobre suas intenções de plantio para a nova safra Americana. A expectativa do mercado é de pelo menos um leve aumento na área de soja em relação ás últimas estimativas do USDA. O foco do mercado agora é no Brasil e China, mas em apenas algumas semanas tal foco fará a transição para a nova campanha de plantio nos EUA, que irá definir preços de soja e milho para o segundo semestre deste ano.