O frio em Santa Catarina chegou tarde este ano e prejudicou a produção de maçãs.
Esta é a época em que as macieiras estão guardando energia para a brotação, que acontece na primavera. Por isso é que, nesse período, o frio é tão importante.
As variedades gala e fuji são exigentes quando o assunto é clima. Para ter uma safra de qualidade e com muitas frutas, são necessárias cerca de 800 horas com temperaturas abaixo de 7,2°C.
Em São Joaquim, maior município produtor de maçãs do Brasil, ainda existem pomares com folhas. Esse é um sinal de que o frio esperado para o outono e o inverno veio mais tarde e em menor intensidade.
Lá foram registradas, até agora menos, de 200 horas de frio quando eram esperadas 450 horas. Com isso, a planta ainda não está hibernando, ou seja, descansando, o que é fundamental nesse período.
O produtor Ronaldo Matos acredita que isso deve atrasar a colheita.
“A gente pode ter uma brotação, uma floração mais tarde. O fruto pode vir a nascer um pouco menor”, conta.
Se daqui pra frente o frio não for suficiente, e o período de dormência atrasar, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) indica que induzir a brotação do fruto é uma alternativa para minimizar os impactos nos pomares.
“A gente está indicando fazer o tratamento de quebra de dormência. É o principal tratamento que a gente tem hoje. Ela tem o resultados cientificamente comprovados com doses testadas para minimizar a falta de frio”, explica a pesquisadora Mariuccia Schlichting.
Fonte: G1