A Suzano avalia que poderá concluir a operação de integração da rival Fibria entre dezembro e a primeira quinzena de janeiro do próximo ano, liberando a empresa para discutir o crescimento futuro do grupo combinado em um momento em que o cenário de oferta e demanda de celulose no mundo está equilibrado.
“A companhia vai ter potencial de geração de caixa expressivo, a desalavancagem está mais rápida do que esperávamos, isso gera um nível de flexibilidade maior para discutirmos opcionalidades…e o crescimento orgânico é uma das opcionalidades que teremos”, disse o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka, em teleconferência com jornalistas.
A empresa divulgou na véspera uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorde, saltando 78,6 por cento sobre um ano antes, para 2,118 bilhões de reais.
A discussão sobre as opções da empresa a partir do próximo ano deverão incluir os cenários futuros de oferta e demanda de celulose no mundo. Segundo Schalka, para o quarto trimestre, pelo menos, os mercados globais estão equilibrados entre oferta e demanda, mas os estoques do setor estão elevados, o que pode gerar “volatilidades” em discussões de preços com clientes.
As ações da Suzano tinham queda de 4 por cento às 11h41, enquanto o Ibovespa recuava 0,28 por cento.
Representantes da Fibria também citaram, na quarta-feira, estoques elevados de celulose na cadeia global e possíveis volatilidades de preços entre clientes, mas atribuiu a situação à entrada de novas capacidades de produção de papel nos últimos meses, que naturalmente demandam mais matéria-prima.
Fonte: Reuters