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CAUTELA NA AGRISHOW

Prevendo um desempenho mediano da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e principal vitrine de lançamentos, que começou, nesta segunda-feira (25/4), em Ribeirão preto (SP), o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMaq),  espera que as vendas da feira não sejam usadas como termômetro do setor.

- Se não vender bem, não é termômetro real para o setor. Só de já existir (a feira) nesse momento de crise e com os quase todos os expositores do ano passado já é uma vitória e mostra que eles estão otimistas – declara o parlamentar.

Segundo ele, a feira deve repetir o mesmo desempenho do ano passado, quando gerou negócios de R$ 1,9 bilhão, mas

- Fazer análises econômicas no momento é algo frágil”, já que o cenário político instável não dá segurança ao produtor que, mesmo capitalizado e com algum acesso ao crédito, deve deixar a mão longe da carteira. A imagem da Dilma no governo traz instabilidade. Assim que trocar (o governo federal) – e vai trocar -, as linhas de financiamento vão fluir – disse.

A abertura oficial da Agrishow, nesta segunda-feira, foi palco para o anúncio de que a Frente Parlamentar está se articulando no setor para criar uma lei que fixe o cronograma do Plano Safra. Segundo o presidente da FPMaq, se for desta forma, independente de mudanças de governo, que possam afetar a política agrícola, o produtor conseguirá se programar para obter crédito para sua produção.

- O crédito agrícola foi usado para pedaladas fiscais, faltou crédito na última safra. Queremos unificar as linhas de financiamento em uma só, ao invés de deixar espalhado – explicou Goergen, afirmando ter vindo à Ribeirão ouvir as demandas de produtores para finalizar o documento.

O deputado disse ainda não acreditar que uma lei agrícola plurianual, como quer a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, seja colocada em prática.

- A ministra nem veio aqui (na Agrishow), não sei porquê. Ela não sabe o que vai fazer, nem se dá para fazer antes da Dilma sair. Com a situação atual do governo, não dá para esperar nada – reclama.

Fonte: Globo Rural



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