Como mostrou o AviSite no início da semana, pelas novas previsões do Ministério da Agricultura a produção brasileira de carne de frango – estimando-se volume de 13,440 milhões de toneladas para 2017 – tende a crescer 33,4% até 2027, com o que chegaria aos 17,930 milhões de toneladas – um resultado que configura expansão média de 2,9% ao ano (vide “Carne de frango: produção um terço maior em 2027”).
Esse índice, no entanto, se assenta sobretudo no crescimento das exportações, cuja evolução pode apresentar incremento ligeiramente superior ao percentual de aumento previsto para a produção. Ou seja: o consumo interno tende a uma expansão em proporção menor que a produção e a exportação.
Começando pelo consumo interno: para o MAPA, deve girar em torno de 9,162 milhões de toneladas em 2017, atingindo 11,865 milhões de toneladas em 2027. Isso corresponde a um incremento ponta a ponta de 29,5% – média de pouco mais de 2,6%.
As exportações de 2017, por seu turno, estão sendo estimadas em 4,280 milhões de toneladas e tendem a alcançar 5,890 milhões de toneladas em 2027 [as estatísticas sugerem que, no limite superior, podem chegar aos 7,670 milhões de toneladas; mas também alertam que, no limite inferior, podem ser ainda menores que as previstas para 2017, ficando limitadas a 4,110 milhões de toneladas]. Porém, atingidas os 5,890 milhões/t ora projetados, o incremento total será de quase 38%, índice que corresponde a um aumento médio de não mais que 3,2% ao ano.
Em outras palavras, embora tendendo a uma evolução anual em índices superiores aos do consumo interno e da produção, as exportações devem caminhar em ritmo relativamente lento. Pelo menos para os padrões brasileiros anteriores.
Fonte: Avisite
