Efetuadas a partir da produção de pintos de corte, as projeções da APINCO para a produção brasileira de carne de frango indicam que em julho, pelo sexto mês consecutivo, o volume produzido foi inferior ao do mesmo mês do ano passado, com o que o total dos sete primeiros meses do ano está sendo estimado em pouco mais de 7,7 milhões de toneladas, volume que configura redução de 4,36% sobre idêntico período anterior.
Uma vez que as exportações caminharam praticamente no mesmo passo – até julho, redução de 4,97% no volume embarcado – a oferta interna não poderia apresentar desempenho muito diferente: redução de 4,07% entre janeiro e julho de 2017.
Esses índices, aliás, também continuam muito próximos ao se analisarem os três fatores em relação ao acumulado em 12 meses. Como a redução da produção é estimada em 5,04% e a exportação recuou 5,36%, projeta-se, em decorrência, uma disponibilidade interna 4,89% menor.
Notar que ao projetar a produção de carne de frango a partir do alojamento de pintos de corte, a APINCO adota parâmetros fixos de produtividade: 96% de viabilidade dos pintos alojados e peso médio, abatido, de 2,350 kg para o mercado interno e de 1,350 kg para o mercado externo. Mas, conforme players do setor, as linhagens atualmente em criação vêm apresentando índices de produtividade bem acima da média, fator que é favorecido pela estação do ano (frangos mais pesados no inverno).
Em decorrência é provável que a produção de carne de frango e, por extensão, sua disponibilidade interna sejam maiores que as estimadas a partir de parâmetros fixos, desempenho que configura índices de redução menores que os apontados. Isto, aliás, ajudaria a explicar o fraco comportamento de mercado do frango abatido: mais carne para um consumidor totalmente combalido.
Fonte: Avisite