Embora venha apresentando comportamento um tanto quanto errático nos últimos meses – contingências de mercado ou efeito, ainda, da Operação Carne Fraca? – o preço médio obtido pelo Brasil na exportação de cortes de frango vem apresentando recuperação em relação aos dois anos passados. A ponto de, nos últimos seis meses, alcançar o melhor preço em mais de 30 meses.
Não é, porém, o que ocorre com o frango inteiro que, mesmo apresentando ligeira alta nos últimos dois meses, permanece com uma das menores cotações da corrente década.
Curiosamente, em boa parte de 2015 até o início de 2016, uma violenta queda de preço fez com que os cortes fossem negociados por valor médio inferior ao do frango inteiro – fato, senão inédito, bastante raro na história do setor. Tanto que, nos 10 anos decorridos entre 2005 e 2014, o valor alcançado pelos cortes esteve, em média, 18% acima do valor alcançado pelo frango inteiro, com picos de até 40%. Mas nunca se registrou valor inferior.
O “fundo do poço” mais recente dos dois itens foi observado no início de 2016, ocasião em que o preço de cortes e frango inteiro girou em torno de US$1.350,00/tonelada. Como, nos últimos dois meses, os cortes foram cotados por cerca de US$1.700,00/tonelada, de lá para cá experimentaram valorização superior a 25%. Já o frango inteiro, negociado agora por US$1.400,00/tonelada, registra ganho que não chega a 5%.
Esse comportamento faz com que, nos últimos seis meses, o valor médio dos cortes de frango esteja 23% acima do preço alcançado pelo frango inteiro, ou seja, cinco pontos percentuais acima da média registrada na década 2005-2014.
Fonte: Avisite