Na última semana de setembro houve valorização de 1,9% na média de todos os cortes vendidos no mercado atacadista. Essa alta trouxe fôlego para a margem da desossa, que atualmente está em 19,0%, colando na média histórica.
Esta reação no preço da carne se dá em função das expectativas positivas quanto à melhora do escoamento na virada do mês e, além disso, devido à restrição da disponibilidade de matéria-prima.
Frente a esse cenário, têm sido observados frigoríficos reformulando as estratégias de compra, pulando dias de escala ou diminuindo os abates. Em algumas regiões, como em Mato Grosso do Sul e Pará, já que a oferta restrita limita as compras, algumas plantas optaram por entrar em férias coletivas.
Mas é provável que após esse ajuste operacional, a necessidade de reequilibrar a oferta de carne do atacado à demanda mais firme do varejo faça com que essas indústrias voltem ao mercado.
Outro incentivo é o mercado externo. Após o recorde observado em agosto, se continuarmos com o bom ritmo de embarques, é possível que em setembro este patamar seja superado. Até a terceira semana de setembro, diariamente, o volume foi 44,2% maior que vendido por dia em 2017.
Fonte: Scot Consultoria