Com a responsabilidade de sustentar a crescente demanda nacional e internacional, a produção de grãos tem registrado consequentes recordes de produtividade, no Brasil e observada também observada em Mato Grosso do Sul. O potencial produtivo se depara com o gargalo da infraestrutura. A notícia boa que chega dias antes do início do plantio de soja no Estado, é que teremos mais espaço para estocar os grãos. No comparativo de outubro de 2014 a outubro de 2015, a capacidade estática de armazenamento de grãos ampliou cerca de 4%, o que equivale a mais de 322 mil toneladas.
De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a capacidade de armazenamento estático do Estado é de 8,4 milhões de toneladas. Somando as produções estimadas de soja e milho safrinha para temporada 2015/2016, que correspondem a 7,4 milhões de toneladas e 8,9 milhões de toneladas respectivamente, o total que supera 15 milhões de toneladas ultrapassaria a capacidade máxima de armazenamento do Estado.
O crescimento não supre a nossa produção, mas para o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto, em relação à armazenagem, o percentual é um avanço.
- Temos uma atividade agrícola dinâmica, movimento provocado principalmente pelo dólar, que possibilita vendas antecipadas de soja e milho – disse ele.
Mas o agricultor carrega a experiência deste entrave de infraestrutura, ele sabe bem o que é ser pressionado a vender o grão por falta de espaço para armazenar e negociá-lo no momento oportuno. Na lista dos municípios com maior crescimento da capacidade estática de estoque de grãos aparece Bonito (110%); Antônio João (80%) e Naviraí (40%).
Dados divulgados pela Granos Corretora mostram que 3% dos grãos de soja do ciclo passado ainda estão armazenados e 24% do milho segunda safra ainda não foi comercializado. Antecipadamente, 39% da soja safra 2015/2016 foi comercializada, enquanto o milho safrinha desta temporada, antes mesmo de ser plantado, já está 18% comprometido. Com o fluxo de entrada e saída de grãos nas unidades armazenadoras e a utilização dos silos (estoque alternativo dentro das propriedades agrícolas), os armazéns seguem atendendo a demanda.
Fonte: Famasul