Em Cruzeiro do Sul, na regional de Lajeado, as lavouras do cedo de milho verde foram colhidas em novembro. O produto foi comercializado a R$ 0,50/espiga neste início da safra. Houve atraso e deficiência de polinização devido à estiagem de outubro, com falha de espigas, resultando em produtividade de cerca de 11 toneladas por hectare. As lavouras apresentam distintas fases, de desenvolvimento vegetativo até colheita. A espiga é comercializada a valores que oscilam entre R$ 0,35 e R$ 0,40/unid.
Moranga Cabotiá
Na regional de Pelotas, cultura em início de colheita. Lavouras com bom desenvolvimento e boa sanidade, em florescimento e frutificação. As chuvas das últimas semanas favoreceram a cultura. Os preços em Pelotas e Herval variam entre R﹩ 1,50 e R﹩ 1,80/kg, ou entre R﹩ 30,00 e R﹩ 35,00/sc. de 20 quilos.
Oliva e Erva-Mate
Na região de Soledade, a cultura está em fase de formação das azeitonas. As condições climáticas favoráveis promovem o crescimento foliar e consequentemente das frutas. Na regional de Bagé, foram realizadas roçadas para controle de inços, aplicações de fungicida, inseticida e de adubações, para garantir a boa formação dos frutos. A expectativa de produção é favorável; parte de pomares apresenta boa carga de frutos.
Erva-mate
Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, as brotações das erveiras se intensificam normalmente após a ocorrência de chuvas. Os preços seguem de R﹩ 18,00 a R﹩ 20,00/arroba na indústria. Na de Soledade, ervais apresentam boa brotação, favorecida pelas condições de boa radiação solar e temperatura (elevação dos índices fotossintéticos), associadas a chuvas regulares.
Houve perdas de mudas devido à anterior falta de precipitações, principalmente nos plantios mais tardios, implantados em agosto. Por outro lado, as mudas vingadas estão com boa brotação. O preço pago ao produtor varia de R﹩ 18,00 a R﹩ 22,00/arroba, sem incluir o serviço do tarefeiro, que fica em torno de R﹩ 4,00/arroba. Há uma crescente no preço da erva-mate em função da redução da oferta e do aumento de consumo.
Na regional de Passo Fundo, foi intensificado o processo de repicagem de mudas de erva-mate, se encaminhando para o período final. Árvores femininas estão na fase de frutificação. Aquelas destinadas à produção de frutos e sementes recebem atenção especial, com monitoramento dos viveiristas. As recentes chuvas amenizaram as perdas em árvores destinadas à produção de frutos.
Relatos apontam perda significativa nos plantios de erva-mate de 2019 e 2020 em função da escassez hídrica, chegando a índices de 80% de mortalidade das mudas implantadas a campo. A produção de folha após as recentes chuvas passa a ter maior estímulo, em função do incremento da umidade no solo e, em consequência, do desenvolvimento das erveiras. Produtores realizam o monitoramento de pragas nos ervais. As adubações, que estavam estagnadas em função da pouca umidade, foram iniciadas e conduzidas de forma acelerada.
Pastagens e criações
As pastagens perenes de verão, como tífton e jiggs, estão em pleno rebrote, e já vêm sendo forrageadas. O campo nativo também está se recuperando, com boa resposta ao aumento da umidade do solo, da temperatura e da insolação. As pastagens anuais de verão, como capim sudão, milheto e sorgo forrageiro, estão bem adiantadas, sendo que alguns produtores ainda reservam pequenas áreas para estabelecimento destas espécies no final de dezembro e durante janeiro, como estratégia de produção mais tardia de forragem.
As pastagens semeadas a partir do final de outubro já estão em fase de pastejo, e as taxas de desenvolvimento são bastante satisfatórias.
Ovinocultura
Os animais apresentam boa condição corporal, principalmente nas propriedades nas quais o ovinocultor tem ofertado algum tipo de suplementação aos cordeiros. Para as demais categorias, a sequência de chuvas melhorou a quantidade e a qualidade da oferta das pastagens.
Nos rebanhos laneiros, cuja temporada reprodutiva começa mais cedo, é importante testar a aptidão dos carneiros através de exames andrológicos, fazendo a reposição de algum animal de descarte. Em praticamente todas as regiões, o período de esquila dos animais está em fase de finalização. Continuam sendo realizados os manejos para prevenção e controle da verminose ovina.
A comercialização de animais segue aumentando neste período do final de ano. Além das vendas a frigoríficos, tradicionalmente o comércio de animais direto ao consumidor final atinge o maior volume durante a segunda quinzena de dezembro, que pode ser prejudicado em função da pandemia.
Fonte: Emater