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CAMPANHA DA AFTOSA

O prazo da campanha divulgada como a “última” vacinação do gado do Paraná contra a aftosa começou a correr neste feriadão. A mobilização da pecuária deve ocorrer efetivamente a partir desta segunda-feira e segue até 31 de maio.

Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), devem ser vacinados bovinos e bubalinos de até 24 meses. A estimativa é que 4 milhões de animais sejam imunizados.

A campanha foi anunciada como a “última” porque o estado busca reconhecimento de área livre sem vacinação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Se conseguir, vai suspender a vacina na etapa que normalmente ocorre em novembro e buscar esse mesmo status diante da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O processo junto ao Mapa foi anunciado há um mês. Já o reconhecimento junto à OIE tende a levar alguns anos. O estado estava exatamente nesta fase quando registrou suspeita de aftosa, dez anos atrás, após confirmação da doença em Mato Grosso do Sul. Dezenas de países suspenderam a importação de carne bovina paranaense, que até hoje é destinada basicamente para o mercado interno.

O processo de reconhecimento do status de área livre sem vacinação e, automaticamente, a última campanha de vacinação, se tornaram essenciais para a abertura de novos mercados, conforme o governo do estado.

Para alcançar reconhecimento do Mapa, o estado precisa fazer uma série de ajustes. Os principais são a estruturação de postos de controle do transporte de animais nas divisas com São Paulo e Mato Grosso do Sul e a contratação de 179 servidores para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar).

Lançamento

O lançamento da campanha de vacinação iria inaugurar posto de controle de transporte de animais, dia 30, com a presença do governador Beto Richa, mas não foi confirmado pela Adapar nem pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A confirmação da contratação de servidores é esperada para esta semana.

Está em curso a construção e reforma de postos de fiscalização, com a colaboração financeira da iniciativa privada, conforme o diretor-presidente da Adapar, Inácio Kroetz. O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, espera poder anunciar a contratação de servidores para a Adapar no início da semana.

Comprovação e multa

A comprovação on-line da venda de vacinas pelos distribuidores pode ser feita no site da Adapar (www.adapar.pr.gov.br). O governo também cobra comprovação da aplicação das doses dos pecuaristas, bem como cadastro do rebanho. O prazo para comprovação termina em 31 de maio, mesmo limite para aplicação das vacinas, e pode ser feito em Unidades Locais de Sanidade Agropecuária (Ulsas).

Na última campanha, realizada em novembro, quando era dever vacinar todo o rebanho, 93% de um total de 9,2 milhões de bovinos e bubalinos foram imunizados. Agora, a expectativa é pelo menos manter esse índice. Não precisam ser vacinados animais de até 24 meses que serão abatidos até 31 de julho.

Desde a última campanha, o preço da dose de vacina passa de R$ 1,50. Isso significa que a pecuária do estado deve gastar pelo menos R$ 6 milhões na útlima campanha de imunização. Cada animal não vacinado pode acarretar em multa.

Desde novembro, a multa é por produtor que não vacina o rebanho. Nas propriedades com até 10 animais, chega a R$ 750. Isso mesmo que apenas um boi não seja vacinado. Até maio do ano passado, a multa era por animal.

Fonte: Gazeta do Povo



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