O Brasil é o quinto maior país do planeta, com uma área total de 851,57 milhões de hectares, cuja dimensão territorial permite-lhe que explore sua área com pastagens, cultivo de lavouras e florestas plantadas em 255,47 milhões de hectares, o equivalente a 30% do território nacional. E, ainda, mantenha um alto índice de preservação ambiental, uma vez que o total da área com florestas preservadas no Brasil é de 562,03 milhões de hectares, ou seja, 66% do total de seu território. No caso da cafeicultura, a área em produção corresponde a 1,81 milhão de hectares, número que representa apenas 0,71% da citada área explorada em 2019.
Com relação à área em produção e o volume produzido de café, por Unidade da Federação, Minas Gerais, que é o maior estado produtor do País, colheu 24,55 milhões de sacas de 60kg, o que equivale a 49,8% do total produzido, em uma área de 983 mil hectares, que representa 54,2% do total da área em produção no País. Espírito Santo foi responsável por produzir 13,5 milhões de sacas (27,4% da produção) em 393,9 mil hectares (21,6% da área em produção); São Paulo, 4,33 milhões de sacas (8,8%) em 201,3 mil hectares (11,1%).
Na sequência, vem o estado da Bahia, que é o quarto produtor nacional, colheu 3 milhões de sacas (6%) em 97,3 mil hectares (5,3%); Rondônia, 2,2 milhões de sacas (4,5%) em 62,7 mil hectares (3,5%); Paraná, 953 mil sacas (1,9%) em 36,9 mil hectares (2%); Rio de Janeiro, 245 mil sacas (0,5%) em 11,7 mil hectares (0,65%). E os demais estados produtores de café produziram 521 mil sacas (1,1%) em uma área em torno de 25,2 mil hectares (1,4%), totalizando 49,3 milhões de sacas numa área de 1,81 milhão de hectares, conforme citado anteriormente.
No contexto do faturamento bruto das lavouras de café brasileiras, o total da receita gerada no ano, foi de R$ 19,3 bilhões, tendo como base o mês de novembro de 2019. Se for estabelecido um ranking do faturamento bruto dos seis primeiros estados produtores de café, constata-se que Minas Gerais figura em primeiro lugar com R$ 10,6 bilhões, equivalentes a 54,92% do total. Em segundo, o Espírito Santo se destaca com R$ 4,28 bilhões (22,17%), seguido por São Paulo com R$ 1,92 bilhão (9,94%).
O estado da Bahia com R$ 989,62 milhões (5,12%), figura também em quarto lugar nesse ranking, seguido de Rondônia com R$ 722,95 milhões (3,74%), que ocupa a quinta colocação. Por fim, o Paraná, sexto colocado, com R$ 399,08 milhões, que equivalem a 2,06% do total do faturamento bruto das lavouras de café. Os demais estados produtores possuem 1,24% do total com uma receita de R$ 241,36 milhões. A receita da lavoura cafeeira deste ano (novembro) representou queda de aproximadamente 26,8% em relação ao faturamento de 2018, o qual atingiu R$ 26,38 bilhões.
A propósito da produção mundial de café, constata-se que em 2019, ela foi de 167,4 milhões de sacas de 60kg, o consumo atingiu o volume físico de 167,9 milhões de sacas. O Brasil se destaca como o maior produtor mundial, com 49,30 milhões de sacas, 29,45% de todo café produzido no mundo, mantendo o protagonismo do País na cafeicultura mundial.
Esses dados e análises da produção dos Cafés do Brasil, entre vários outros, constam do Acompanhamento da Safra Brasileira, vol. 5 – nº4 da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB. Também fizeram parte dessas análises o Valor Bruto de Produção – novembro de 2019 divulgado mensalmente pelo Mapa, o estudo Intensificação e sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas da Embrapa, e ainda o Relatório sobre o mercado de café de outubro de 2019 da Organização Internacional do Café – OIC.
Fonte: Embrapa