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CAFÉ: EM REALIZAÇÃO DE LUCROS, COTAÇÕES DO ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK OPERAM EM BAIXA NESTA MANHÃ DE 2ª FEIRA

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa nesta manhã de segunda-feira (7) em realização de lucros, após fechar em alta por quatro sessões seguidas com suporte do câmbio e informações sobre aperto na oferta mundial da commodity.
Além disso, a alta do dólar ante o real neste início de segunda também acaba pressionando os futuros. O mercado tem se baseado bastante no câmbio nos últimos dias. Às 9h29, a moeda norte-americana subia 0,74%, a R$ 3,767.
Por volta das 09h31, o vencimento março/16 tinha 125,90 cents/lb com recuo de 105 pontos. O maio/16 operava com 128,00 cents/lb e baixa de 110 pontos e o julho/16 registrava 130,00 cents/lb com 115 pontos de desvalorização.
Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Com suporte do câmbio e aperto na oferta, Bolsa de NY fecha em alta pela quarta sessão consecutiva nesta 6ª feira
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva nesta sexta-feira (4), acumulando valorização de 1,68% no vencimento março/16 na semana. O mercado tem se baseado muito nos últimos dias no câmbio, que influencia diretamente nas exportações e preços das commodities. Além disso, informações sobre aperto na oferta mundial também influenciaram os preços nesta semana.
Hoje, o vencimento dezembro/15 fechou cotado a 124,00 cents/lb com avanço de 195 pontos, o março/16 teve 126,95 cents/lb com 210 pontos de valorização. Já o contrato maio/16 anotou 129,10 cents/lb e o julho/16 fechou o dia com 131,15 cents/lb, ambos com 205 pontos de alta.
"As bolsas continuaram a trajetória de recompras e desta forma, o campo positivo continuou a prevalecer. Vale ressaltar, que tecnicamente, os fechamentos foram interessantes o que dá a possibilidade de haver no front a continuidade do movimento corretivo deflagrado", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O dólar fechou em baixa, também pela quarta sessão seguida, cotado a R$ 3,7390 na venda e baixa de 0,26%. Os investidores refletem as expectativas sobre a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e as informações sobre a taxa de desemprego dos Estados Unidos que ficou praticamente estável em novembro, abrindo caminho para o Fed (Federal Reserve) elevar os juros ainda neste mês.
Para o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, "o cenário de oferta e demanda tende a pesar mais sobre as commodities do que a pressão do câmbio". Ele estima que o dólar influencie mais nos preços locais do que nas demandas internacionais. Mas ainda assim, é fundamental que os produtores se planejem para evitar perdas em momentos de grande volatilidade.
Informações sobre aperto na oferta mundial de café também ajudaram a impulsionar as cotações. De acordo com estimativa do Rabobank, o déficit no mercado global da commodity deve continuar pelo segundo ano consecutivo em 2015/16 por causa de uma desaceleração esperada nas exportações do Brasil.
"Nós ainda acreditamos que os fundamentos altistas ressurgirão uma vez que as exportações brasileiras percam fôlego", disse o Rabobank.
Já a Volcafe reduziu sua estimativa de déficit global de café em 2015/16 em cerca de um terço, após os estoques do Brasil caírem e o dos países consumidores não.
No cinturão produtivo do Brasil, o clima continua beneficiando as lavouras da próxima safra.  Informações da Somar Meteorologia apontam chuvas frequentes em praticamente todas as áreas produtoras. Na Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo, estima-se mais de 100 milímetros até 6 de dezembro.
"O clima vem favorecendo o desenvolvimento das lavouras e animando produtores de arábica, que têm realizado os tratos culturais necessários", informou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP) ontem.
Mercado interno
Após um leve aquecimento nos negócios na segunda quinzena de novembro, os produtores voltaram a se distanciar das praças de comercialização do Brasil. Para Marcus Magalhães, a sensação é de que o ano já acabou. "Nada acontece de forma contundente e quando acontece, na maioria das vezes, é problema", diz. No comparativo semanal, a maioria das cidades registraram queda nos preços em relação a sexta-feira passada. Ainda assim, a média dos principais tipos continua em cerca de R$ 500,00 a saca de 60 kg.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 556,00 e alta de 1,09%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,14% e saca valendo R$ 534,00.
Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Poços de Caldas (MG) com queda de R$ 14,00 (-2,55%), saindo de R$ 548,00 para R$ 534,00 a saca.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 561,00 a saca e avanço de 1,08%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Guaxupé (MG) que tinha saca cotada a R$ 553,00, mas subiu R$ 8,00 (+1,45%) e agora vale R$ 561,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,88% e saca cotada a R$ 487,00.
A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP), por lá a saca estava cotada a R$ 490,00 na sexta passada, mas teve desvalorização de R$ 10,00 (-2,04%), e agora está em R$ 480,00.
Na quinta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve valorização de 1,63% com a saca de 60 kg cotada a R$ 474,45.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta sexta-feira. O contrato janeiro/16 encerrou a sessão cotado a US$ 1535,00 por tonelada e queda de US$ 2, o março/16 teve US$ 1564,00 por tonelada com alta de US$ 1 e o maio/16 registrou US$ 1587,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.
Na quinta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,27 com avanço de 0,24%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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