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CAFÉ: EM AJUSTES, BOLSA DE NOVA YORK RECUA MAIS DE 100 PTS NESTA MANHÃ DE 2ª FEIRA

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 100 pontos nesta manhã de segunda-feira (20) em ajustes, após fecharem a semana passada com alta acumulada de quase 3%. No entanto, apesar do recuo, os principais vencimentos continuam próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso, conquistado no decorrer da semana passada.
Apesar das correções, o clima deve continuar no foco dos operadores. Segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, a partir desta terça-feira uma frente fria presente no Sul do Brasil deve avançar em direção a São Paulo e Sul de Minas Gerais, o que poderia prejudicar a colheita mais uma vez.
Por volta das 09h29, o vencimento julho/16 anotava 139,15 cents/lb com 160 pontos de queda, o setembro/16 tinha 141,35 cents/lb com 150 pontos de recuo. Já o contrato dezembro/16 registrava 143,80 cents/lb e 155 pontos de baixa, enquanto o março/17 estava cotado a 146,25 cents/lb com 145 pontos negativos.
Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Bolsa de Nova York tem mais uma semana de boas altas e vencimentos atingem patamar de US$ 1,40/lb
Bastante atenta às condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica atingiu nesta semana a linha de 1,40 por libra-peso. O vencimento julho/16, referência de mercado, fechou a semana com alta acumulada de 2,77%, saindo de 136,95 cents/lb para 140,75 cents/lb nesta sexta-feira (17). No entanto, nos vencimentos mais distantes, os preços externos já beliscam US$ 1,45/lb. Com isso, os preços no Brasil também tiveram valorização, ainda assim, os negócios continuam lentos.
No fim da semana passada, as cotações do arábica subiram forte diante das indicações de geadas no cinturão produtivo previstas para o último final de semana. No entanto, apenas perdas isoladas foram confirmadas e os preços recuaram forte. O câmbio, em menor intensidade, também influenciou nos negócios. Desde quarta-feira, os futuros voltaram a ficar do lado azul da tabela refletindo as indicações de chuvas no cinturão produtivo na próxima semana. Fatores técnicos também dão o tom positivo ao mercado.
O contrato julho/16 encerrou o pregão de hoje cotado a 140,75 cents/lb com 125 pontos de alta, o setembro/16 registrou 142,85 cents/lb com 140 pontos de valorização. Já o vencimento dezembro/16 anotou 145,35 cents/lb com 130 pontos de avanço e o março/17 fechou cotado a 147,70 cents/lb com 125 pontos positivos.
De acordo com o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o clima é um dos principais fatores que tem dado sustentação às cotações. "As recentes chuvas atrapalharam a colheita e trouxeram alguns problemas para a qualidade do arábica em determinadas regiões. Também há o temor de geadas", explica. Com a depreciação na qualidade do café, os preços de negociação caem bastante.
Para a próxima semana, o clima também deve ser destaque no mercado. Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, uma frente fria se forma nos próximos dias no Sul do Brasil e deve trazer chuvas ao cinturão produtivo de café do Sudeste na próxima semana. Áreas do Paraná, São Paulo e Minas Gerais (Sul, Triângulo, Cerrado e até Leste do estado) podem ser atingidas. No entanto, essas precipitações poderiam, mais uma vez, impactar a colheita.
Mapas climáticos da Somar Meteorologia confirmam essa condição climática. Mas somente a partir da terça-feira da semana que vem é que a chuva deve avançar em direção a São Paulo e Sul de Minas Gerais.
Segundo levantamento reportado pela Safras & Mercado nesta quinta-feira, a colheita de café da safra 2016/17 foi indicada em 34% até 14 de junho. Levando em conta a estimativa da consultoria de 56,4 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada foram colhidas 19,34 milhões de sacas. A colheita evoluiu 8 pontos percentuais em relação à semana anterior.
Na semana passada e, principalmente, no final de semana, o frio foi intenso nas áreas produtoras de arábica com geadas foram pontuais em fazendas de café arábica em baixadas do Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais. No entanto, segundo reportes do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), em um primeiro momento, as perdas não foram expressivas.
O engenheiro agrônomo, Marcelo Jordão Filho, da Fundação Procafé, em Franca (SP), ponderou na terça-feira que apresar de poucas perdas confirmadas, os cafeicultores devem ficar atentos à condição das lavouras nos próximos dias.
"O ponto de congelamento [da planta] está normalmente em torno de 3ºC a -4ºC, quanto maior for a queda da temperatura, mais graves e mais extensos serão os danos, após o congelamento intracelular, o tecido morre, por isso deve-se observar a plantação alguns dias após a geada, pois o mesmo nem sempre aparece no dia do acontecimento climático", explica Jordão Filho.
A alta nos estoques de café verde dos Estados Unidos, totalizando 6,08 milhões de sacas, o maior volume registrado neste ano, após ficarem praticamente estáveis em abril também atuaram negativamente no mercado. A informação foi divulgada em relatório na quarta-feira (15) pela GCA (Green Coffee Association).
O câmbio também tem repercutido no mercado nos últimos dias, mesmo que em menor intensidade que o clima. A moeda estrangeira recuou 1,43% nesta sexta, cotada a R$ 3,4203 na venda repercutindo as chances do Reino Unido de deixar a União Europeia. A moeda estrangeira menos valorizada que o real desencoraja as exportações da commodity pelo Brasil.
Mercado interno
Seguem lentos no mercado físico os negócios com café, mesmo com a alta externa dando suporte aos preços no Brasil. Os produtores estão mais atentos à colheita da safra 2016/17 do Brasil neste momento climático complicado e não ofertam suas produções pelos atuais patamares. "As colheitas avançam, mas não se vê a reciprocidade no aumento da liquidez, ou seja, os negócios não tem o mesmo corpo que a safra cafeeira vinha indicando", explicou ontem Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 570,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,37% e saca a R$ 562,00.
Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Poços de Caldas (MG) com alta de R$ 31,00 (5,84%), saindo de R$ 531,00 para R$ 562,00 a saca.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 577,00 a saca – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Franca (SP) com valorização de 1,96% e saca a R$ 520,00.
Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Guaxupé (MG), que tinha saca cotada a R$ 540,00, mas subiu R$ 37,00 (6,85%) e agora vale R$ 577,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca e alta de 1,92%. A maior variação no dia ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,00% e saca a R$ 510,00.
A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 duro foi registrada em Guaxupé (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 488,00 na sexta-feira passada, mas teve valorização de R$ 30,00 (6,15%) e agora está em R$ 518,00.
Na quinta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,84 com alta de 0,47%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta sexta-feira com alta expressiva ainda repercutindo as incertezas em relação a produção das principais origens produtoras. O contrato julho/16 anotou US$ 1649,00 por tonelada e alta de US$ 36, o setembro/16 teve US$ 1680,00 por tonelada com avanço de US$ 32 e o novembro/16 anotou US$ 1694,00 por tonelada com valorização de US$ 29.
Na quinta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,52 com queda de 0,08%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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