As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta tarde de sexta-feira (29) e recuperam parte das perdas das últimas sessões. O mercado tem suporte do financeiro, que impacta diretamente nas exportações da commodity pelo Brasil.
Às 12h11, o contrato maio/16 registrava 120,80 cents/lb com 40 pontos de alta e o julho/16 anotava 122,15 cents/lb com avanço de 120 pontos. O vencimento setembro/16 tinha 123,85 cents/lb com 110 pontos e o dezembro/16 operava com 126,50 cents/lb e 135 pontos de valorização.
Após repercutir o início da colheita no Brasil e o otimismo dos envolvidos com as primeiras amostras no mercado, os futuros do arábica na ICE realizam ajustes nesta quinta e voltam a se aproximar do patamar de US$ 1,25 por libra-peso nos vencimentos mais distantes.
No financeiro, o mercado tem suporte do dólar, que está abaixo de R$ 3,50 repercutindo o cenário externo. Às 12h19, a divisa estrangeira recuava 1,06%, cotada a R$ 3,4605 na venda. O dólar mais baixo em relação ao real acaba dando maior competitividade às exportações da commodity pelo Brasil.
Na sessão anterior, o otimismo com o início dos trabalhos no campo no Brasil acabou chamando a atenção do mercado. "A colheita no Brasil começou bem e está atendendo às expectativas", disse um corretor de Londres à Reuters.
Os trabalhos com a colheita do café já começaram em algumas áreas brasileiras, mas ainda não são generalizados. As primeiras amostras que chegam ao mercado dão um panorama de como promete ser a produção da safra 2016/17.
No Sul de Minas Gerais, principal região produtora de arábica, a colheita tem surpreendido positivamente os produtores, enquanto que no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade robusta, as perdas que eram esperadas devido à seca têm sido confirmadas.
Ainda assim, poucos produtores ofertam suas produções nas praças de comercialização do Brasil. "Os negócios não ganham a liquidez almejada deixando o dia lento e sem grandes perspectivas para o curtíssimo prazo", explicou ontem (28) o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, ao Notícias Agrícolas. Na quinta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 453,76 com queda de 0,66%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor