As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de quase 100 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de sexta-feira (8). O mercado tem suporte do dólar que recua quase 2% ante o real e também sente a influência de indicadores técnicos. Os principais vencimentos retomam o patamar de US$ 1,20 por libra-peso, que foi perdido nas últimas sessões.
Por volta das 12h30, o vencimento maio/16 tinha 120,70 cents/lb com alta de 90 pontos. O julho/16 registrava 122,80 cents/lb e o setembro/16 anotava 124,60 cents/lb, ambos com avanço de 85 pontos. Já o contrato dezembro/16 operava com 126,80 cents/lb com 90 pontos positivos.
Nesta sexta-feira, às 12h, o dólar operava com queda de 1,79%, cotado a R$ 3,6276. O investidores repercutem as informações no cenário político e a recuperação dos mercados externos, após um dia de forte aversão a risco. O dólar mais valorizado em relação ao real acaba desencorajando as exportações da commodity.
Além do câmbio, as cotações do arábica no terminal externo perderam o patamar de US$ 1,20/lb na sessão anterior, repercutindo também as informações mais otimistas em relação a safra atual do Brasil. "A expectativa de safra alta e os embarques recentes pelo Brasil dão certa confiança para os investidores. Diante desse cenário, os grandes grupos na bolsa sempre se aproveitam e pressionam os preços", disse ontem o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na quinta-feira que a produção de café do Brasil na safra 2016/17 pode alcançar 50,2 milhões de sacas, um aumento de 13,8% em relação ao ano anterior. Desse total 39,2 milhões de sacas são de arábica e 11 milhões de sacas de robusta. A projeção foi revisada para cima, uma vez que no mês passado o Instituto esperava colheita de 49,7 milhões de sacas.
Nas praças de comercialização do Brasil acontecem poucos negócios. "O mercado está travado, sempre acontecem alguns negócios, mas poucos lotes saem por R$ 500,00 a saca [patamar chave do produtor]", disse ontem o analista Eduardo Carvalhaes. Na quinta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 473,11 com alta de 0,28%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor