Nesta manhã de terça-feira (10), os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa, perdendo praticamente todos os ganhos da sessão anterior. De acordo com analistas, o mercado carece de novidades para buscar novos patamares.
Por volta das 09h53, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a 117,35 cents/lb e o março/16 tinha 120,95 cents/lb, ambos com queda de 40 pontos. O contrato maio/16 registrava 123,05 cents/lb e o julho/16 anotava 125,10 cents/lb, os dois com desvalorização de 55 pontos.
No cinturão produtivo do Brasil, após dias de fortes chuvas, o calor aumenta nas áreas produtoras e as precipitações ficam mais localizadas sobre o Paraná, São Paulo, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: À espera de novidades e após intensa volatilidade, NY fecha praticamente estável nesta 2ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, fecharam praticamente estáveis nesta segunda-feira (09), mais ainda assim do lado azul da tabela após oscilar nos dois campos durante o pregão. Para analistas, o mercado aguarda pelo desenvolvimento da safra brasileira e informações do mercado financeiro.
"Os investidores no contexto externo operaram de olho no desenrolar da economia americana e seus desdobramentos, e desta forma, um ar conservador contagiou tudo e todos", afirma o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Os lotes com vencimento para dezembro/15 fecharam o dia com 117,75 cents/lb – estável, o março/16 anotou 121,35 cents/lb com 20 pontos positivos. O contrato maio/16 registrou 123,60 cents/lb e o julho/16 teve 125,65 cents/lb, ambos com valorização de 25 pontos.
Informações de agências internacionais também dão conta que as cotações no terminal norte-americano também foram influenciadas pelas recentes previsões climáticas para o cinturão produtivo do Brasil. Segundo a Somar Meteorologia, a previsão para esta semana é de calor nas principais regiões produtoras e chuvas menos abrangentes.
Para o analista Gilson Fagundes, o mercado opera sem direcionamento e pode voltar ao território negativo nas próximas sessões. "Na sexta-feira, o vencimento dezembro/15 chegou a US$ 1,17/lb, mas hoje esboçou recuperação. No entanto, caso volte a recuar e perca o patamar de US$ 1,15/lb, podemos ver quedas mais expressivas", diz. No último pregão, as cotações foram pressionadas pela melhora nas condições climáticas nas lavouras de café no Brasil e o câmbio.
Nesta segunda-feira, o dólar comercial encerrou a sessão cotado a R$ 3,7997 na venda com 0,99% de alta. As apostas de que os juros dos Estados Unidos subirão em dezembro acabaram dando suporte às cotações.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico brasileiro continuam baixos, ainda que os embarques do mês passado tenha sido altos. "O produtor está resistente à venda, com essa insegurança econômica eles acabam se afastando dos negócios", diz Gilson Fagundes.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 548,00 e alta de 0,37%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) onde a saca subiu 1,92%, a R$ 530,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 548,00 a saca e avanço de 0,37%. A variação mais expressiva no dia aconteceu em Poços de Caldas (MG) com queda de 2,48% e R$ 472,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu nas cidades de Franca (SP) e Patrocínio (MG). Alta de 2,08% na primeira com R$ 490,00 e recuo de 2,08% no município mineiro e R$ 470,00 a saca.
Na sexta-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 1,64% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 466,35.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também registraram alta nesta segunda-feira. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1574,00 por tonelada – estável, o janeiro/16 teve US$ 1629,00 por tonelada com alta de US$ 25 e o março/16 registrou US$ 1643,00 por tonelada com valorização de US$ 24.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor