As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de quase 100 pontos nesta manhã de sexta-feira (29) e recuperam parte das perdas das últimas duas sessões. O mercado avança repercutindo o financeiro, principalmente, câmbio e petróleo.
Por volta das 09h18, o contrato julho/16 registrava 121,95 cents/lb com alta de 45 pontos, o setembro/196 tinha 124,20 cents/lb com 35 pontos positivos. Já o vencimento dezembro/16 estava cotado a 126,05 cents/lb com 40 pontos de avanço e março/17 anotava 128,50 cents/lb com 45 pontos de valorização.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Com mercado atento a colheita no Brasil, Bolsa de Nova York estende perdas nesta 5ª
O mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltou a fechar em baixa nesta quinta-feira (28), após iniciar o dia com leves ganhos. O lado negativo voltou ao mercado com os operadores repercutindo mais ativamente o início da colheita no Brasil, que tem apresentado bons resultados. Com isso, os vencimentos mais distantes já estão próximos de perder o patamar de US$ 1,25/lb.
O contrato maio/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 120,40 cents/lb com queda de 65 pontos. O julho/16 teve 120,95 cents/lb e o setembro/16 anotou 122,75 cents/lb, ambos com baixa de 55 pontos. Já o vencimento dezembro/16 registrou 125,15 cents/lb com 50 pontos de desvalorização.
As cotações na ICE vinham repercutindo com mais força nos últimos dias as oscilações do financeiro, principalmente, câmbio e petróleo. Pela manhã, o mercado até chegou a esboçar ganhos em correção ante o forte tombo da véspera. . "O dia [ontem] foi marcado por operações de realizações de lucros. Após as boas oscilações dos últimos dias, o mercado resolveu expurgar o excesso de gordura especulativa nas cotações e assim, o campo negativo prevaleceu", afirmou.
No entanto, o otimismo com o início da colheita de arábica acabou chamando mais a atenção do mercado nesta quinta-feira. "A colheita de arábica no Brasil começou bem e está atendendo às expectativas", disse um corretor de Londres à Reuters.
Os trabalhos com a colheita do café já começaram em algumas áreas brasileiras, mas ainda não são generalizados. As primeiras amostras que chegam ao mercado dão um panorama de como promete ser a produção da safra 2016/17.
No Sul de Minas Gerais, principal região produtora de arábica, a colheita tem surpreendido positivamente os produtores, enquanto que no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade robusta, as perdas que eram esperadas devido à seca têm sido confirmadas.
"Temos registrado uma boa formação dos grãos [arábica]. Nos primeiros lotes, cerca de 75% são peneira 16 acima e 52% de peneira 17/18. No ano passado, os grãos foram bem menores", afirma o gerente do Departamento de Café da Capebe (Cooperativa agropecuária de Boa Esperança), Gleison de Oliveira.
O maior otimismo dos envolvidos de mercado com a safra atual do Brasil já chegou à indústria. Segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), a produção do grão no país deverá superar 53 milhões de sacas neste ano, acima das previsões iniciais do governo federal. Uma safra maior do grão daria um alívio às margens para a indústria brasileira.
Mercado interno
Os produtores de café do Brasil estão atentos aos trabalhos de colheita no campo e não aparecem às praças de comercialização ofertando ativamente suas produções. "Os negócios não ganham a liquidez almejada deixando o dia lento e sem grandes perspectivas para o curtíssimo prazo", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca e alta de 1,89%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 508,00 a saca e baixa de 0,97%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 2,41% e saca valendo R$ 485,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca e alta de 2%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 456,78 com queda de 1,37%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1542,00 por tonelada com alta de US$ 7, o julho/16 teve US$ 1576,00 por tonelada e avanço de US$ 3, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1596,00 por tonelada e valorização de US$ 1.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 381,80 com recuo de 0,16%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor