Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta acima de 100 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de segunda-feira (18). O mercado busca direcionamento acompanhando, principalmente, o financeiro. O dólar comercial oscila dos dois lados da tabela e o petróleo perde mais de 1%, mas está acima de US$ 40 o barril.
Às 12h35, o contrato maio/16 tinha 124,90 cents/lb e o julho/16 registrava 126,70 cents/lb, ambos com avanço de 185 pontos. O vencimento setembro/16 anotava 128,40 cents/lb e 180 pontos de valorização e o dezembro/16 operava com 130,50 cents/lb com 170 pontos positivos.
Após a votação na Câmara dos Deputados no domingo (17), que decidiu pelo prosseguimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff para o Senado, o mercado financeiro busca direcionamento. O dólar comercial chegou a recuar pela manhã, mas diante das intervenções do Banco Central, às 12h46, subia 1,98% ante o real.
Apesar da alta, a moeda está bem mais baixa que nas últimas semanas. As oscilações na divisa estrangeira ante o real impactam nas exportações da commodity do Brasil, que estão altas nesses primeiros meses do ano, apesar de ser entressafra. Além disso, o mercado também acompanha as oscilações no preço do petróleo, que está em cerca de US$ 40 o barril.
Na semana passada, as cotações do arábica na ICE fecharam com alta de mais de 2% em meio a notícias diversas, desde desequilíbrio na oferta global, novidades no financeiro, principalmente câmbio e petróleo, e compras realizadas pelos operadores comerciais em meio à ausência de vendedores.
Já nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos. Os preços dos principais tipos de café negociados estão aquém das expectativas dos vendedores. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na sexta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 464,92 com queda de 0,20%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor