As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam praticamente estáveis nesta manhã de quinta-feira (11). Após oscilar forte no início da semana, em meio a feriado nas principais origens produtoras, o mercado agora busca direcionamento. Com a ausência de novidades fundamentais, os preços têm repercutido mais os aspectos técnicos. Analistas ponderam que o câmbio deve influenciar bastante o mercado nos próximos dias.
Por volta das 09h45, o vencimento março/16 tinha 114,85 cents/lb e alta de 10 pontos, o maio/16 registrava 117,00 cents/lb com avanço de 15 pontos. O contrato julho/16 tinha 118,90 cents/lb e o setembro/16 operava com 120,75 cents/lb, ambos com alta de 10 pontos.
Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York fecha estável nesta 4ª feira após cair por três sessões consecutivas e chegar a US$ 1,15/lb
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira (10), após recuarem por três sessões consecutivas e chegarem patamar de US$ 1,15 por libra-peso. Mesmo sem muitas novidades das principais origens produtoras, o volume de negócios na ICE hoje foi bom, segundo analistas, em mais de 54 mil lotes, estimulado pelo incremento das rolagens de posições.
Os lotes com entrega para março/16 encerraram a sessão cotados a 114,75 cents/lb e o maio/16 teve 116,85 cents/lb, ambos estáveis. Já o vencimento julho/16 teve 118,80 cents/lb e o setembro/16 registrou 120,65 cents/lb, os dois com queda de 5 pontos.
Vale lembrar que o mercado brasileiro voltou ao trabalho nesta quarta-feira no período da tarde, após o feriado de carnaval. No Vietnã, segundo maior produtor da commodity, o feriado do ano novo lunar (Tet) ainda deve durar durante toda esta semana. Com isso, os operadores esperam que as vendas ganhem fôlego extra a partir da segunda metade da semana.
"Acredito que será uma semana morna para os negócios no Brasil, ainda mais com o Vietnã fora do mercado por alguns dias", disse um trader europeu à agência de notícias Reuters.
Segundo informações reportadas pela agência de notícias financeiras Dow Jones Newswires, a desvalorização do dong vietnamita em relação ao dólar também ajuda a pressionar o mercado, uma vez encorajaria os produtores a escoar o café estocado. Vale lembrar que no ano passado os cafeicultores vietnamitas preferiram armazenar a produção do que vender à espera de preços mais altos.
Ainda de acordo com agências internacionais, apesar dos preços praticamente estáveis no mercado futuro hoje, vários players continuam atentos a questão cambial. "Estamos, em parte, influenciados pelo cenário externo. Se as bolsas de China não preocuparam, ante o feriado no país, o que se viu no Japão foi bastante relevante para fazer com que segmentos de maior risco, como as commodities, também sentissem o impacto. A bolsa desse país asiático recuou quase 2,5% nesta quarta, depois de cair mais de 5% na terça-feira. É, enfim, a repetição daquele cenário que já verificamos recentemente, apenas com um ator diferente. Com o mercado externo afetado, segmentos como os softs e a energia sofrem de forma efetiva", disse um trader.
O dólar comercial fechou a sessão desta quarta-feira pós carnaval cotado a R$ 3,9355 na venda com alta de 0,65%, o que também acaba contribuindo para a queda no mercado do café, pois encoraja as exportações. Os investidores ajustaram suas posições após o feriado e a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, indicaou que o banco central norte-americano deve promover mais ajustes graduais na política monetária.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico do Brasil foram lentos, seguindo o ritmo de Carnaval. Na semana passada, os preços ficaram praticamente estáveis. Alguns compradores chegaram a diminuir o valor de suas ofertas, dificultando o fechamento de negócios.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Varginha (MG) com saca cotada a R$ 550,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé (MG) com queda de 3,55% e saca cotada a R$ 543,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 545,00 a saca e recuo de 3,54%. Foi a maior oscilação no dia.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 520,00 a saca e queda de 0,95%. A maior oscilação no dia dentre as praças aconteceu em Guaxupé (MG) com recuo de 3,98% e saca cotada a R$ 482,00.
Na sexta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,82 e queda de 0,53%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor