As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 80 pontos nesta manhã de quarta-feira (25), após fecharem do lado vermelho da tabela nas duas últimas sessões acompanhando o câmbio e o otimismo dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil.
Por volta das 09h19, o contrato julho/16 registrava 122,20 cents/lb com alta de 40 pontos, o setembro/16 tinha 124,15 cents/lb com avanço de 35 pontos. Já o vencimento dezembro/16 anotava 127,15 cents/lb com 60 pontos de valorização, enquanto o março/17 operava com 129,80 cents/lb e 55 pontos positivos.
Após atingir o patamar de US$ 1,35 por libra-peso no início do mês, o mercado também passou a realizar ajustes e completou ontem duas sessões seguidas em baixa. Ainda assim, os preços continuam oscilando em cerca de US$ 1,25/lb.
Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 3ª feira, mas mantém patamar de US$ 1,25/lb
Após oscilarem entre altas e baixas durante a sessão desta terça-feira (24), as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis. Os futuros tiveram perdas de cerca de 30 pontos. No entanto, apesar dessa nova queda, motivada por ajustes e informações mais otimistas em relação à oferta do grão nesta temporada, os preços externos continuam próximos do patamar de US$ 1,25 por libra-peso.
O contrato julho/16 encerrou a sessão cotado a 121,80 cents/lb com queda de 35 pontos, o setembro/16 teve 123,80 cents/lb com recuo de 30 pontos. Já o vencimento dezembro/16 anotou 126,55 cents/lb com 35 pontos negativos, enquanto o março/17 fechou o dia a 129,25 cents/lb com 30 pontos de desvalorização.
O analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, considera o fechamento quase estável das bolsas de café nesta terça uma consolidação do atual espaço de trabalho. "Os investidores globais continuam na defensiva à espera de fatos novos para daí sim, recolocar suas garras mercadológicas outra vez nos terminais internacionais", afirma.
O anúncio das novas medidas econômicas do presidente interino, Michel Temer, foi visto pelo mercado econômico com certo otimismo e impactou o câmbio. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 3,5755 na venda com leve queda de 0,19%. Com o dólar mais baixo em relação ao real, as exportações da commodity brasileira perdem competitividade, em compensação, os preços externos tendem subir.
No entanto, ainda existem alguns fatores fundamentais que também impedem que os preços voltam a buscar patamares mais altos como os do início do mês, como o avanço da colheita no Brasil e a fraqueza técnica do mercado. Após os vencimentos mais distantes testarem a casa de US$ 1,35/lb, eles parecem ter encontrado sustentação nos últimos dias em cerca de US$ 1,25/lb.
Segundo a agência de notícias Reuters, o Brasil tem apresentado "uma plantação de boa qualidade", e isso repercute positivamente entre os investidores. Levantamento divulgado na última quinta-feira (19) pela Safras & Mercado aponta que a colheita de café do Brasil está em 10% do total esperado, ou seja, 5,63 milhões de sacas de 60 kg. A consultoria estima a produção de café nesta temporada em 56,4 milhões de sacas.
Nesta terça-feira (24), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou que a produção brasileira de café arábica e conilon em 2016 deve ser de 49,67 milhões de sacas do produto beneficiado, com um aumento de 14,9% em relação às 43,24 milhões de sacas alcançadas em 2015. A estimativa faz parte do 2º Levantamento da Safra 2016 de café da Companhia, mas não exerceu grande influência sobre os preços no terminal.
Mercado interno
Os negócios com café continuam lentos nas praças de comercialização do Brasil. Os produtores estão mais atentos aos trabalhos de colheita e aguardam melhores patamares para retornar ao mercado. Além disso, o feriado de "Corpus Christi" nesta semana também contribui para que os negócios fiquem ainda mais parados.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,92% e saca a R$ 510,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 522,00 a saca e recuo de 0,38%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,88% e saca a R$ 469,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 500,00 a saca e alta de 4,17%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
Na segunda-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 455,09 com alta de 0,55%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou em alta nesta terça-feira. O contrato maio/16 anotou US$ 1653,00 por tonelada com alta de US$ 10, o julho/16 teve US$ 1666,00 por tonelada e avanço de US$ 9 e o setembro/16 anotou US$ 1674,00 por tonelada com valorização de US$ 8.
Na segunda-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 386,86 com recuo de 0,43%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor