O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, manifestou preocupação com a competitividade da agropecuária brasileira, no médio prazo, devido aos gargalos atualmente enfrentados pelo produtor nos setores de logística e infraestrutura. O Governo, segundo ele, terá de priorizar medidas para modernizar esses dois segmentos.
- Não podemos dormir em berço esplêndido, inexoravelmente enfrentaremos forte concorrência de outros países produtores de grãos na busca por novas tecnologias – destacou ele, durante encontro com o presidente da Monsanto do Brasil, Rodrigo Santos.
O presidente da Monsanto do Brasil, que estava acompanhado de outros dirigentes da multinacional, concordou com o raciocínio do presidente da CNA, lembrando que o Brasil.
- A partir de 2020 será, certamente, o maior exportador mundial de alimentos, mas para isso terá de fazer o dever de casa na busca por novas tecnologias e mais produtividade na produção de grãos – diz ele.
Para João Martins, o grande desafio da CNA hoje é transmitir a mensagem certa para a sociedade brasileira: o fato de ser a agropecuária a garantia de oferta estável e preço justo para os alimentos ofertados à população.
- É esse segmento que dá estabilidade econômica e garante o equilíbrio da balança comercial do país – lembrou.
A esse respeito, segundo disse o presidente da Monsanto, o setor agropecuário brasileiro possui diversas vantagens comparativas em relação a outros grandes produtores de grãos.
Rodrigo Santos informou, ainda, ao presidente da CNA que a Monsanto montou na cidade de Petrolina, em Pernambuco, um centro de desenvolvimento para pesquisas em tecnologia, voltado para o milho, soja e algodão, o primeiro desse tipo fora dos Estados Unidos. Ele lembrou que a empresa, desde sua instalação no Brasil já investiu mais de US$ 1 bilhão e, só em 2015, serão outros US$ 150 milhões em novas pesquisas.
A ideia, segundo explicou, é desenvolver – dentro de cinco a dez anos – novas tecnologias para o produtor brasileiro utilizar na produção de grãos e melhorar a produtividade e modernidade no campo.
João Martins reforçou que o Brasil, para manter sua competitividade no segmento do agronegócio, aumentando ainda mais a produção de grãos – hoje de 200 milhões de toneladas – alcançando números ambiciosos, no médio e longo prazo, deverá dobrar o total colhido hoje, preservando o meio ambiente e garantindo produtos e alimentos saudáveis para o mercado interno e excedentes exportáveis.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA