Estudo divulgado esta semana pela Agência Nacional de Águas (ANA) mostra que o Brasil está entre os dez países com a maior área irrigada do planeta. O chamado Atlas Irrigação: uso da água na agricultura irrigada mostra que o país tem 6,95 milhões de hectares (Mha) que produzem alimentos utilizando diferentes técnicas de irrigação.
O mapa considerou dados levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A parceria entre as duas instituições existe desde 2015 e acaba de ser renovada por mais 30 meses.
Segundo o levantamento, a Região que apresenta a maior extensão de área irrigada é o Sudeste, com 2.709.342 hectares (há), seguida por Sul, 1.696.233, Centro-Oeste, 1.183.974 e Nordeste, 1.171.159. A Região Norte, com 194.002 há, vem por último.
A irrigação tem papel fundamental na agricultura, uma vez que contribui para a estabilidade e o aumento da oferta de alimentos, o que reduz o risco de insegurança alimentar e nutricional da população. Entre os alimentos que são produzidos sob alto percentual de irrigação estão tomate, arroz, pimentão, cebola, batata, alho, frutas e verduras.
A partir da formalização do novo Termo de Execução Descentralizada (TED) entre a Conab e a ANA, serão mapeadas as áreas cultivadas com arroz irrigado da safra 2017/2018 nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, e com café na Bahia, em Goiás e no Distrito Federal. Esse trabalho será feito por meio de imagens de satélite e aferições de campo e contará com investimentos da ordem de R$ 344,9 mil.
Uma das instituições responsáveis pelas informações agrícolas no Brasil, a Conab contribui com os estudos da ANA por meio do uso constante de novas metodologias que garantem agilidade e precisão nas informações relacionadas à safra. Essas atividades são executadas pelas áreas de Levantamento e Avaliação de Safra e de Geotecnologia da Conab, esta última responsável pelo desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao sensoriamento remoto, ao posicionamento por satélites, a sistemas de informações geográficas e a modelos estatísticos, agrometeorológicos e espectrais aplicadas às estimativas de área e produtividade das principais culturas agrícolas.
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Fonte: CONAB