Atualmente, Santa Catarina é o único estado brasileiro com status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. No entanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está elaborando um programa que visa estender essa condição para todo o território nacional até 2021. De acordo com a ministra Tereza Cristina, esse novo status permitirá atender a mercados consumidores mais exigentes, para ampliar a exportação da carne brasileira.
Outros estados do Sul do país, Paraná e Rio Grande do Sul, também reivindicam o mesmo reconhecimento, antes do prazo que está previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa). Há países que se recusam a importar a carne de áreas sem este selo de qualidade.
“Precisamos ter mais áreas livres de aftosa sem vacinação, pois assim a gente consegue vender melhor a carne”, disse a ministra. “Para isso acontecer, é preciso o estado interessado preencher um protocolo que dê a segurança de que vamos conseguir manter a área livre de vacinação e sem a doença. É um processo que precisa ser muito bem feito, para não nos trazer problemas no futuro”.
Tereza Cristina lembrou que os Estados Unidos, por exemplo, já compram a carne brasileira, mas depois de uma batalha de vinte anos, e o volume comercializado ainda não é significativo.
“O Brasil tem um programa de liberação de áreas de aftosa sem vacinação. Hoje isso ocorre apenas em Santa Catarina, mas é preciso expandir para outros estados e melhorar as nossas exportações”, defendeu a ministra.
O objetivo do programa é criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, estendendo a ampliação de zonas livres sem vacinação ao todo o Brasil.
A execução do Pnefa é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado. Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, responsabilizam-se pela execução no âmbito de cada estado.
Fonte: DATAGRO