As exportações de trigo argentino para fora do tradicional mercado brasileiro alcançaram os níveis mais altos dos últimos onze anos. Entre janeiro e agosto, o país exportou 7,3 milhões de toneladas do cereal. Deste volume, o Brasil, como principal comprador individual, adquiriu 41,3% (3 milhões de toneladas), enquanto os outros destinos, conhecidos como “extra Brasil”, levaram os 58,7% restantes, como informou o jornal La Nación. Em 2015, os números haviam sido bem diferentes: 85,5% do trigo teve como destino o Brasil.
O Brasil é um mercado que busca mercadoria de qualidade. Este ano, a Argentina não teve qualidade suficiente em seu trigo. Feito isso, houve moinhos que realizaram uma importação mínima vinda do Uruguai para conseguir mais produto de qualidade e mesclar com o produto local. A exportação da Argentina ao Uruguai, por sua vez, ficou reduzida a poucos caminhões.
De todos os modos, para exportar seu cereal de menor qualidade ao exterior, a Argentina teve que recorrer a mercados distantes e competir por preço. De todo o cereal exportado até agosto, 43,7% teve como destino o sudeste da Ásia.
Entre outros mercados, a Indonésia comprou 1,3 milhões de toneladas, a Tailândia, 751.667 toneladas, o Vietnã, 545.317 toneladas e a Coreia do Sul, 488.584 toneladas.
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Fonte: Sistema FAEP