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BRASIL E ARGENTINA DEVEM SUPERAR EUA NA EXPORTAÇÃO DE MILHO

Os EUA vão exportar em 2018/19, segundo informou nesta terça-feira o USDA, 58,4 milhões de toneladas, com o departamento reduzindo a sua previsão –em março esperava 60,33 milhões.

Para diminuir as expectativas, o USDA citou maior competição do Brasil, Argentina e Ucrânia para as exportações dos EUA.

“As exportações foram reduzidas… refletindo a diminuída competitividade de preços dos EUA e as expectativas de aumento das exportações de Brasil e Argentina”, afirmou o USDA em relatório.

Até o mês passado, o USDA estimava embarques de Brasil e Argentina somados de 59 milhões de toneladas.

Em março, o departamento via a Argentina como segundo maior exportador global, com 30 milhões de toneladas, à frente do Brasil, com 29 milhões de toneladas.

Mas na previsão de abril, com um aumento da safra brasileira para 96 milhões de toneladas, o Brasil volta a figurar como segundo maior exportador, atrás apenas dos EUA.

Os embarques do Brasil para a temporada foram estimados nesta terça-feira em 31 milhões de toneladas, ante 29 milhões na projeção de março.

Logo atrás de Brasil e Argentina, a Ucrânia aparece agora com exportações estimadas em relevantes 29,5 milhões de toneladas, diante de expectativas de uma grande colheita.

MAIOR NÍVEL DESDE 2014/15

Os embarques de milho de Brasil e Argentina, que deverão travar uma disputa pela segunda posição nas exportações de milho em 2018/19, possivelmente vão superar juntos as exportações dos EUA pela primeira vez desde a temporada 2014/15.

Naquele ciclo, os norte-americanos exportaram 47,4 milhões de toneladas, enquanto brasileiros e argentinos, somados, venderam ao exterior, 53,36 milhões de toneladas, com o Brasil respondendo por históricos 34,46 milhões de toneladas, segundo o USDA.

Em 2014/15, o Brasil exportou ainda mais do que em 2012/13, quando o país, com embarques de 24,95 milhões de toneladas, figurou na liderança global da exportação de milho.

Em 2012/13, os EUA exportaram apenas 18,55 milhões de toneladas, em uma temporada em que os norte-americanos sofreram uma quebra expressiva de safra, de acordo com dados do USDA.

Fonte: Reuters



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