As lavouras vêm apresentando bom desenvolvimento e os produtores melhoraram os cuidados com a plantação. Com base nessa avaliação, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) estimou, na última sexta-feira (16), a safra de café arábica do Brasil 2017/18 em 40,5 milhões.
“Além disso, as chuvas têm sido adequadas e dado suporte ao desenvolvimento dos frutos. Contudo, é esperada uma queda no potencial de produção comparado com a colheita anterior, já que a maior parte das árvores estão no período de baixo do ciclo bianual de produção”, diz o Usda.
As projeções estão em um relatório tratando da oferta e demanda global de café. A redução no volume a ser colhido de arábica no Brasil é de 5,1 milhões de sacas em relação ao ciclo 2016/17.
Sem os efeitos da bienalidade dos cafezais, a produção de robusta (conilon) do Brasil deve ter uma recuperação, de acordo com os técnicos do governo norte-americano. A colheita deste ano deve chegar a 11,6 milhões de sacas.
O Usda destaca que anos de estresse hídrico e altas temperaturas derrubaram a produção no Espírito Santo, que lidera a colheita do robusta no país. “O déficit hídrico ainda é um importante fator para o Estado. Restrições de irrigação foram aplicadas reduzindo o potencial produtivo em cerca de 40%”, diz o relatório.
A queda total na produção brasileira de café, somando arábica e robusta, é de 4 milhões de sacas. A colheita para o ano 2017/2018 está prevista em 52,1 milhões. Com os estoques de passagem previstos, a expectativa é acrescentar 1,4 milhão de sacas à oferta total do país.
“Com as exportações mentidas em 29,4 milhões de sacas com a demanda estável dos maiores mercados, como União Europeia e Estados Unidos, a projeção é dos estoques caírem 1,5 milhão e meio de sacas e chegarem a 3,9 milhões de sacas”, diz.
A demanda interna deve aumentar de 20,5 milhões para 20,66 milhões de sacas da safra atual (2016/17) para a próxima (2017/18).
A previsão do USDA traz números maiores que a do governo brasileiro, feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a entidade, a colheita de 2016 foi de 51,36 milhões de sacas e deve cair para 45,56 milhões neste ano.
A produção mundial de café deve chegar a 159 milhões de sacas na safra 20-17/2018, acredita o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A previsão é de estabilidade em relação à safra anterior.
“Não houve mudança por conta da menor oferta no Brasil, compensada pela maior produção no Vietnã, México e Indonésia, além de pequenos aumentos em muitos outros países”, diz o relatório.
Apesar de prever aumento da demanda global, Ainda deve haver excedente de café no próximo ciclo. Os estoques finais da safra 2017/18 devem ser de 34 milhões de sacas de 60 quilos. Será a primeira queda das reservas mundiais em cinco anos, em meio a um consumo previsto de 158 milhões de sacas de café em todo o mundo.
Fonte: Revista Globo Rural
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