Dentro do esperado, as exportações brasileiras de carne de frango de agosto passado sofreram redução em relação ao mês anterior. Mas aumentaram em relação ao mesmo mês de 2014.
A redução era esperada porque agosto, em número de dias úteis, foi mais curto que julho: 21 contra 23 – dois dias ou 8,7% a menos. Mas a queda no mês foi mais sensível, de 15,85%, porque caíram os embarques diários. E a média de 17.818 toneladas/dia de julho recuou para 16.422 toneladas/dia – uma queda próxima de 8%.
Mesmo assim os embarques de agosto último podem ser considerados excepcionais. Porque as 344.865 toneladas de produto in natura embarcadas corresponderam ao terceiro maior volume de toda a história do setor (40 anos), sendo superadas apenas pelo que foi embarcado nos dois meses anteriores – 371.328 toneladas em junho e 409.823 toneladas em julho. Com tal resultado, os embarques do mês ficaram 14,33% acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
Esse aumento, porém, não alcançou o preço médio do produto exportado, que recuou tanto em relação em mesmo mês do ano passado, quanto ao mês anterior – uma situação parcialmente explicada pela valorização do dólar. E isso, claro, afetou a receita cambial do produto, que ficou 2,19% e 17,09% abaixo do que foi alcançado em, respectivamente, agosto de 2014 e julho de 2015.
Com este último embarque, o total exportado no ano chega aos 2,550 milhões de toneladas, 7,3% a mais que o registrado nos mesmos oito meses de 2014. Mantida a média atual no quadrimestre final de 2015 o total de carne de frango in natura exportado irá ultrapassar os 3,8 milhões de toneladas, resultado cerca de 5% superior ao de 2014. Mas a tendência é de que esse volume seja ultrapassado.
Fonte: Avisite