Os produtores de frango do Paraná estão comemorando os bons resultados, depois de um ano difícil para a nossa economia. O que ajudou foi o aumento das exportações.
Renato Kraft tem um aviário em Cascavel, no oeste do Paraná. Ele conta que mesmo com o custo de produção subindo 20%, por causa do preço da ração e da conta de luz, foi possível manter os ganhos.
O segredo do bom resultado está na exportação. Com o dólar na casa dos R$ 4, passou a valer mais a pena exportar o produto. Até o ano passado, a Cooperativa de Cascavel exportava 35% da carne produzida. Hoje, manda para fora do país 50% da produção.
Outra cooperativa que apostou neste mercado foi a Copacol, de Cafelândia. Neste ano, o frigorífico da empresa dobrou as exportações, de 70 mil para 150 mil toneladas de carne.
- Os custos de produção da avicultura subiram muito, por isso, o mercado interno sozinho não era suficiente para cobrir esses custos, então vieram as exportações, dobramos, e conseguimos equilibrar e ter um bom resultado – explica Valter Pittol, presidente da Copacol.
Hoje o Paraná exporta mais de 40% da carne de frango. Os principais mercados são Arábia Saudita, Japão, Emirados Árabes, Hong Kong e China.
Em 2016, a exportação deve se manter como o principal mercado do frango paranaense, mas o que os produtores esperam é um ano mais difícil, mais competitivo. Com a crise ainda instalada no país, o desafio vai ser equilibrar os preços da produção e não perder espaço no mercado mundial.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Proteína Animal, a produção de carne de frango no país este ano deve crescer cerca de 3,5%.
Fonte: Globo Rural