Lideranças das entidades representativas da suinocultura brasileira se reuniram em Chapecó, no último dia 22, para dar continuidade ao projeto de unificação da bolsa de suínos no Brasil. O objetivo é criar um departamento de levantamento de preços do suíno dentro das associações, uniformizando as informações de mercado entre os Estados com foco no equilíbrio na relação comercial entre os produtores e consumidores de suínos.
Durante o encontro que ocorreu no 11º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, ficou estabelecido que a partir do dia 3 de setembro deve começar a operação para formular a bolsa de suínos conjunta.
Nessa data será divulgado o resultado da planilha onde serão medidas a produção e a comercialização de suínos.
“Com a participação de Minas Gerais, Mato Grosso e a vinda de Goiás e do Mato Grosso do Sul, o grupo ficará bem estruturado”, afirma Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da APCS.
O projeto conta com a participação dos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Na avaliação do representante da suinocultura paulista, os resultados positivos surgirão em médio prazo.
“Nós não vamos resolver o preço do suíno. Com esse trabalho em conjunto nós vamos ter a capacidade de saber o que estamos produzindo, o que vendemos e o que o mercado consumidor tem capacidade de absorver”.
O suinocultor Fernando Esser, de Jaguaruna (SC), ressalta a importância do trabalho conjunto entre as associações.
“Eu e outros produtores da região de Braço do Norte viemos para fortalecer essa reunião. É muito importante a iniciativa das associações para que o mercado não fique nas mãos apenas dos compradores. Precisamos fazer com que a suinocultura seja rentável. É muito importante que os produtores repassem as informações para as entidades para que possamos crescer juntos na atividade”.
O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, reforça que as unidades federativas não terão preços unificados, já que cada região do país tem suas variáveis.
“Precisamos calcular o custo de produção de cada Estado e comercializar animais com margem de lucro para o produtor. Os suinocultores não podem mais trabalhar no vermelho”.
A discussão para elaborar uma bolsa unificada de suínos no Brasil começou no dia 4 de agosto, quando os representantes da ACCS, Acsurs, APCS, APS e suinocultores se reuniram no Auditório da Associação Catarinense de Criadores de Suínos para encontrar alternativas que equilibrassem o mercado. Desde então, um grupo foi formado para trocar informações, com o intuito de gerar mais solidez na formulação do preço do suíno.
Participaram da reunião: Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS; Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da APCS; Jacir Dariva, presidente da APS; Itamar Antônio Canossa, presidente da Acrismat; Mauro Gobbi, vice-presidente da Acsurs; Alvimar Jalles, Bsim
Fonte: ACCS