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BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLA S

Garrido apresentou a palestra Boas Práticas Agrícolas (BPAs) como forma de melhorar gradativamente a qualidade dos produtos de origem vegetal produzidos na região, o que trará benefícios ao produtor, consumidor e ambiente.

 

- Boas práticas são pequenas modificações que reduzem os danos ao ambiente para se obter um alimento seguro – diz Garrido. 

 

Faz parte das boas práticas usar a informação e reduzir os perigos ao consumidor, ambiente e produtores em todo o ciclo da produção: em termos agrícolas, de transporte, manipulação e fabricação. Incluem o respeito ao período de carência dos agrotóxicos e a aquisição com o receituário agronômico, o uso da tecnologia de aplicação adequada, a utilização de equipamento de proteção individual (EPI), o manejo integrado de pragas e doenças, a destinação correta das sobras e embalagens de agrotóxicos, a higiene na colheita, embalagem e transporte dos alimentos e o registro das operações efetuadas, entre outros. Tudo isso visa reduzir não só a contaminação química, pelos agrotóxicos, mas a contaminação física e principalmente a biológica, que podem afetar a saúde dos consumidores.

 

- A escolha da cultivar, o manejo adequado do solo, o monitoramento das pragas e doenças, a higiene na colheita, embalagens e transporte, evitar a presença de animais domésticos, capacitação constante e registro das operações são as boas práticas na prática – completa Garrido.

 

Uma nova realidade está muito próxima. A rastreabilidade feita através de código de barras ou QR, identificando a origem do produto; a certificação de qualidade; a interação de insumos químicos e biológicos e as pequenas culturas (minor crops).

 

O Grupo de Trabalho Alimento Seguro foi coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), pela Emater RS e pela Ceasa RS. A atividade teve como objetivos orientar produtores, técnicos e comerciantes de insumos sobre suas responsabilidades; incentivar a adoção de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e o monitoramento do uso de agrotóxicos; e informar competências e atribuições das instituições responsáveis por garantir o alimento seguro. O Grupo de Trabalho foi criado com o objetivo de debater, diagnosticar e propor ações, visando reduzir inconformidades em resíduos de agrotóxicos em frutas e hortaliças.

 

Mais de duas mil micro e pequenas propriedades são responsáveis pelo fornecimento de hortaliças para as centrais de abastecimento do Estado. Esta é a meta de participantes para serem beneficiados com a iniciativa. Parte desse grupo deve vir das ações do Programa Juntos para Competir, que atua com a capacitação de produtores de horticultura em todo Estado. O gestor dessa iniciativa pelo SEBRAE RS na região do Vale dos Sinos, Caí e Paranhana, Junior Utzig, conta que, além de apoiar a realização dos eventos e participar com palestra nos seminários, o programa deve levar 60 produtores de hortaliças da região para o encontro.

 

-É uma forma de capacitar esse público e garantir alimentos mais seguros para a população – destaca.

 

Ao abrir o evento, o presidente da Ceasa/RS, Ernesto Teixeira, deixou claro que o principal objetivo da Central de Abastecimento, com estes encontros, é dar certeza a todos consumidores do Estado e do país, de que o produto adquirido na Ceasa/RS tem um selo de garantia de qualidade e sanidade.

 

-Estamos num tempo que a saúde é um dos maiores bens, senão o maior que o ser humano possa garantir em sua vida – afirmou.

 

O diretor técnico-operacional da Ceasa/RS, Ailton dos Santos Machado, explica que o evento é uma forma de conscientizar os produtores rurais sobre as questões de segurança alimentar, uso correto de agrotóxicos e legislações a respeito do tema.

 

- A participação nos seminários irá garantir aos participantes que desejarem fornecer para a Ceasa/RS a introdução dos conteúdos e a prioridade nos cursos para receber o certificado de Boas Práticas Agrícolas – informa.

 

- O grande desafio é buscarmos alternativas para que possamos reduzir cada vez mais o uso de agrotóxicos, porque todos queremos um alimento seguro. Em conjunto, vamos buscar caminhos e melhorar cada vez mais a oferta de produtos hortifrutigranjeiros – destacou o secretário da SDR, Tarcísio Minetto. 

Para o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura,

 

- quando se faz esse tipo de debate e se busca estratégias de avanço e alternativas para o produtor continuar tendo renda, mas produzindo com mais qualidade, com menor contaminação, protegendo o meio ambiente e levando um produto mais seguro para a mesa do consumidor, toda a sociedade ganha – ressaltou. 

 

Nesse contexto, cabe à Emater/RS-Ascar ministrar cursos de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) para os agricultores que fornecem alimentos para a Ceasa, requisito para que possam comercializar e receber a Declaração de Produção e Intenção de Cultivo (DPIC). A Emater tem o papel de fazer esse trabalho educativo, de orientação continuada. E nós estamos priorizando, neste momento, três regiões: Lajeado, Caxias do Sul e Porto Alegre, pois abrangem 97% dos produtores (em torno de 2 mil) que fornecem alimentos para a Ceasa, ressaltou o assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar em Olericultura, Gervásio Paulus. Na região de Caxias do Sul, os cursos acontecerão a partir de segunda quinzena de setembro.

 

- São práticas simples que podem ser aplicadas, muitas não requerem altos investimentos e permitem garantir e melhorar a renda e a competitividade dos agricultores no mercado, atender à exigência dos consumidores e reduzir os danos ao meio ambiente – completou Paulus. 

 

Um novo evento está previsto na Região Metropolitana, em Viamão, no dia 16 de agosto; e completará seu ciclo com um evento em Terra de Areia, no dia 13 de setembro.

Fonte: Embrapa Uva e Vinho



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