A proposta recente da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) de reduzir ainda mais os volumes de combustíveis renováveis que devem ser misturados a combustíveis fósseis no país em 2018 vai prejudicar o crescimento futuro da indústria de biocombustíveis, disseram a Associação de Combustíveis Renováveis e outros dez grupos do setor em carta ao presidente Donald Trump. Na carta, os grupos pediram que o presidente se mantenha firme em seu comprometimento com a indústria norte-americana de biocombustíveis e com o chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS, na sigla em inglês).
Em julho, a EPA propôs reduzir os volumes do RFS para 2018 a níveis inferiores aos de 2017. No fim de setembro, a agência disse que estava considerando reduzir ainda mais a exigência para o ano que vem. A Associação de Combustíveis Renováveis disse também que há rumores de que a EPA estaria considerando incluir as exportações de biocombustíveis dos EUA no cálculo do cumprimento da exigência.
- Se as mudanças propostas forem finalizadas, as ações da EPA vão prejudicar seriamente nossa indústria, minando nossos esforços para impulsionar o crescimento econômico e garantir a posição dos EUA como líder global em produção de biocombustíveis – disseram os grupos na carta. – O presidente Trump tem apoiado de forma firme e consistente o etanol combustível de modo geral e o RFS especificamente – disse o presidente da associação, Bob Dinneen. – No entanto, propostas recentes da EPA parecem ir de encontro à visão do presidente para energia renovável. Queremos garantir a manutenção de um RFS forte, que ofereça aos consumidores o combustível mais limpo, de mais baixo custo e de maior octanagem do planeta. -
Fonte: Estadão