Ainda participando do envento realizado pela Bayer (Future of Farming Dialogue), Daniel Olivi do Notícias Agrícolas, conversou com Arnd Nenstiel – Global Head of Asset/Portfolio Management Weed Control, Crop Science division of Bayer. Em entrevista exclusiva ao Notícias Agrícolas, Arnd Nenstiel afirmou que o Brasil deverá receber um Dicamba com uma nova formulação com menos deriva, além de adiantar ter a empresa novas moléculas para herbicidas que serão testadas no Brasil em breve.
Conhecedor das questões envolvendo o uso do Dicamba no Brasil, Arnd afirmou que uma equipe da Bayer já está trabalhando no novo herbicida e avaliam todas as possibilidades de lançamento no país com muita cautela.
“Agora mesmo nosso time está trabalhando em um lançamento adequado. Ademais, nós temos investido muito em novas formulações de desenvolvimento direcionada aos produtos quiímicos do Dicamba”, explica.
O especialista aproveitou o espaço para explicar que o novo Dicamba que chegará no Brasil terá uma nova formulação. O projeto, em desenvolvimento, inclui um agente redutor de deriva.
“Isso nos permite gerenciar a química do Dicamba, que está relacionado não apenas exclusivamente à Dicamba, mas também às classes de química da oxina”, explica.
Ele afirma que a chegada do novo Dicamba no país dependerá do cronograma regulatório do Brasil.
Arnd afirmou ainda que, antes dos produtores começarem a utilizar a nova tecnologia, assim como feito nos Estados Unidos, os produtores brasileiros poderão passar por um treinamento específico de aplicação.
“Geralmente o treinamento do aplicador em qualquer molécula é muito útil e poderemos ver acontecendo também no Brasil. Como empresa, garantiremos que os aplicadores sejam treinados adequadamente. Isso faz parte da nossa força de vendas e campo técnico que temos no Brasil”, afirma.
Outra importante notícia para o produtor brasileiro é que a Bayer trabalha no desenvolvimento de novas moléculas para herbicidas no controle de ervas daninhas. Ainda sem falar o nome da mólecula ou produto, Arnd afirma que os testes já estão sendo feitos em campo e prometem resultados promissores.
“É uma formulação muito atraente, é uma classe química muito nova e nenhuma outra empresa trabalhou nela até agora, posso adiantar que é um novo modo de ação e tem uma cobertura muito ampla do espectro de ervas daninhas que controla. Portanto estamos muito otimistas quanto às oportunidades que temos com essa nova formulação química”, afirmou.
Fonte: Notícias Agrícolas