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AUMENTO NOS FERTILIZANTES

No Brasil, as entregas de fertilizantes ao consumidor final, nos cinco primeiros meses de 2015, totalizaram 9.044 mil t de produto, com retração de 12%, em relação ao mesmo período de 2014. Em termos de nutrientes (N, P2O5 e K2O), foram entregues 3.826 mil t, com queda de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse declínio pode ser explicado pela menor antecipação de compras pelos agricultores para a safra 2015/16, especialmente para soja; aumento nos preços pagos pelos agricultores; elevação da taxa de juros básico da economia e queda dos preços recebidos pelos agricultores para algumas culturas, como o algodão, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).

No período de janeiro a maio de 2015, ocorreu retração nas vendas em todas as regiões brasileiras, especialmente no Norte/Nordeste, cujas entregas de fertilizantes encolheram 16,7%, em relação ao mesmo período de 2014. Na sequência vem o Centro-Oeste com – 12,4%, o Sul com – 10,9%  e  o Sudeste, fechando a lista com queda de 9,6.

- O Estado do Mato Grosso, maior produtor nacional de soja e de algodão, liderou o ranking nas entregas (1.730 mil toneladas de produtos), sendo responsável por 19,1% do total nacional. As vendas nesse estado contabilizaram decréscimo de 18,5%, quando comparadas com igual período do ano anterior. O segundo lugar, em participação na quantidade vendida, foi ocupado pelo Estado do Paraná com 1.361 mil t. São Paulo e Goiás com 1.136 mil e 1.003 mil t, respectivamente, sucedem-se no ranking dos maiores compradores – afirmam Celia Roncato Ferreira e Celso Vegro, pesquisadores do IEA. 

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, destaca a importância da análise do mercado de fertilizantes como instrumento importante para a cadeia do agronegócio, tanto produtores quanto a indústria, para otimização de suas ações.

- O governador Geraldo Alckmin sempre recomenda que possamos ser parceiros do agronegócio. Esses estudos vão ao encontro disso, pois possibilita direcionamentos para que se tenha mais eficiência na cadeia produtiva – destacou.

Segundo estimativas da ANDA, a soja é a principal cultura demandante de fertilizantes no Brasil, apresentando em 2014 incremento nas entregas de 9,2% em relação ao ano anterior, totalizando 13.028 mil t de produto (40,4% do total nacional). Ademais, constatou-se, no referido período, expansão nas entregas para diversas culturas, como: trigo (20,6%), café (11,4%) e algodão herbáceo (6,1%). Também, houve aumento para: pastagens (11,7%), reflorestamento (6,8%) e feijão (2,0%). Em contrapartida, registrou-se queda nas entregas para várias culturas, como: cana-de-açúcar (-3,7%), arroz (-2,8%), milho (-0,7%) e laranja (-0,4%).

Para a maioria dos estados brasileiros, observou-se aumento na comercialização de fertilizantes em 2014. O Estado do Mato Grosso liderou as entregas com 5.844 mil de t de produto (aumento de 6,6% em relação ao ano anterior); representando 18,1% das entregas totais, seguido pelo Rio Grande do Sul (12,6%), Paraná (12,3%), São Paulo (11,9%), Minas Gerais (11,5%), Goiás (9,2%) e Bahia (6,5%) (Tabela 1). Ressalte-se que os estados acima mencionados apresentaram aumento nas vendas em 2014, em relação ao ano anterior, com exceção de São Paulo, que registrou queda de 1,4%, fato influenciado pela estiagem registrada em 2014.

A previsão para o mercado de fertilizantes para 2015 é de retração na demanda, em relação a 2014. Consulta junto aos informantes atuantes no segmento, estima-se que as entregas de fertilizantes ao consumidor final no Brasil devem fechar 2015 com a comercialização em cerca de 31,7 milhões de t de produto, quantidade 1,5% abaixo da atingida em 2014, que foi de 32,2 milhões de t, porém superior à observada em todos os anos precedentes.

Para a safra 2015/16, há previsão de aumento dos custos de produção para os agricultores, tendo em vista a elevação dos preços de insumos agrícolas, dependentes de importações, dentre eles os fertilizantes, aliado à elevação das taxas de juros praticadas pelo crédito rural conforme estabeleceu o novo Plano Safra.

Fonte: IEA/Apta



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