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AUMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO RS

A área plantada com grãos no Rio Grande do Sul deve registrar crescimento de 3,4% em 2019. No mesmo sentido, é esperado um aumento na mesma proporção para a colheita de grãos no Estado, segundo projeções para o setor feitas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

Em relação ás principais culturas cultivas no Estado, a soja deve aumento de área (2,5%) e produção (5,3%). A expectativa positiva vem após uma quebra de 6,4% registrada em 2017. Ainda segundo o economista da Farsul Antônio da Luz. Milho (3,4%) e Trigo (31%) ajudam a puxar a expansão da área plantada, que pode chegar a 8.885 mil hectares na safra 2019.

Por outro lado, o arroz, que deve ter nova diminuição da área plantada (-6,5%) devido aos desafios dos altos custos de produção que frequentemente superam os valores pagos ao produtor, apesar de um aumento no preço devido às exportações resultantes dos leilões PEP e PEPPRO. Como resultado, os produtores estão migrando para outras culturas, como a soja, o que explica a projeção de queda tanto da área plantada de arroz pelo segundo ano consecutivo, quanto da safra (-5,3%) em 2019.

Na pecuária, o ano de 2018 trouxe um princípio de recuperação dos preços do leite, afetado pela crise econômica em 2017. O economista estima que um terço dos produtores de leite deixaram a atividade. Em 2018, houve uma recuperação de 36% no preço acumulado de janeiro a novembro e é esperada uma ligeira elevação de 0,85% na produção. A pecuária de corte gaúcha fechará o ano com número de abates estável em relação a 2017 e queda de 6% do faturamento, devido à retração do preço.

Antônio da Luz expressou otimismo com relação ao próximo ano, já que entende que a falta de confiança do empresário e do consumidor têm represado investimentos nos últimos meses, mas expressou a preocupação com relação aos retornos da safra de 2019, que está sendo plantada a custos altos, sob pressão da elevação do dólar que encarece insumos, mas que será colhida em outro momento, em que a flutuação cambial pode ameaçar os ganhos do produtor.

Fonte: União dos Produtores de Bioenergia



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